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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Estatuto do cuidador ficou aquém das necessidades

 O estatuto do cuidador, que pretende defender pela lei os interesses daqueles que têm a seu cargo outras pessoas, ficou “aquém das necessidades” e não resolveu vários problemas. Essa foi uma das conclusões do primeiro Encontro de Cuidadores, promovido pela delegação de Bragança da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e pela associação Humanum Est, no passado sábado.


“Pretendemos marcar uma sessão para o explicar pois percebemos que algumas situações não são entendíveis e isso preocupa-nos. Queremos refletir conjuntamente para perceber de que maneira, como e quando podem usufruir do estatuto. Mas não vem resolver o problema.

Por exemplo, é necessário que o cuidador também esteja incapacitado para poder ter doenças, não poder ir de férias é uma maldade, pois trabalham a tempo inteiro, de dia e de noite. Muitas vezes esquecem-se deles próprios.

É preciso haver ajustes na lei e espaços como este para cuidar de toda a gente que está no sistema familiar do doente”, explicou Ana Denise Morais, diretora técnica da Humanum Est.

José Afonso, da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, sublinhou que “este é um encontro para debate entre cuidadores”. “No fundo, somos todos cuidadores e cuidados. Estou aqui na qualidade de cuidador da minha filha, que tem esclerose múltipla há dez anos. Esta troca de ideias e de experiências é uma mais valia para todos nós porque adquirimos mais conhecimento e ficamos com um know how maior para podermos enfrentar coisas piores.

Com este debate ganhamos mais força e sabemos que não estamos sós”, sublinhou.

Já Ana Pedro, uma das cuidadoras participantes pois tem a seu cargo um filho que está dentro do espetro do autismo, entende que o estatudo do cuidador “não veio resolver muita coisa”.

“No nosso caso, para pedirmos um apoio à Segurança Social para um apoio especializado, primeiro temos de o contratar e só depois pedir o apoio, fazendo prova de que a criança já está a ser acompanhado. Quem não tiver possibilidades financeiras, como faz?”, questiona.

Por outro lado, diz que “este encontro é importante” para os cuidadores não se sentirem sós.

“Quando vamos a um médico, um psicólogo, só se focam neles e nós ficamos para trás. Não entendem que também sofremos e é muito desgastante”, concluiu.

Este encontro reuniu cerca de 30 participantes.

“Poderiam ter sido mais mas muitos não puderam vir pois não têm a quem deixar as pessoas que têm a seu cargo”, sublinhou Ana Denise Morais.

AGR

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