O memorando de entendimento foi assinado, ontem, em Valença e vai envolver o INEM e a instituição homóloga galega, a AXEGA. O presidente da Federação distrital dos Bombeiros, Diamantino Lopes, considera que o projecto é importante para o nordeste transmontano.
“Eu penso que será importante para o distrito, porque é mais fácil fazer o socorro, quer os cidadãos estejam do lado de cá ou do lá da fronteira. Há sempre maior facilidade em socorrer”, frisou.
O objectivo é garantir uma melhor e mais rápida resposta a emergências médicas nas regiões transfronteiriças. No entanto, os bombeiros não estiveram envolvidos nas negociações. Diamantino Lopes lembra que são os bombeiros que asseguram 90% dos socorros e por isso deviam ser ouvidos.
“Um português que estivesse do lado espanhol tinha que ser socorrido pelos bombeiros espanhóis e um espanhol que estivesse no lado português tinha que ser socorrido pelos bombeiros portugueses. Com este acordo prevê-se que nós possamos executar serviços do lado de lá da fronteira e vice-versa. Mas essa é a dúvida que temos neste momento. Não sabemos quais são as contrapartidas, nem quais os termos em que nos vamos envolver no serviço. Daí a importância dos bombeiros terem sido ouvidos e pelos vistos não foram”, afirmou.
No distrito há 12 corporações de bombeiros que são postos de emergência médica e três que são postos de reserva. O presidente da federação distrital dos bombeiros diz que é preciso perceber se há meios necessários para o projecto.
“Devia-nos ter sido perguntado até que ponto temos meios humanos e materiais para nos envolvermos em hipoteticamente mais socorro”, disse.
A Federação distrital dos Bombeiros reúne hoje com a Liga dos Bombeiros Portugueses para perceber como vai funcionar o projecto “112 transfronteiriço”.
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