Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Todos conhecemos das seletas escolares, curiosas e curtas histórias, que encerram preciosas lições. São, em regra, fabulas de Esopo e de Fedro.
"As Duas Panelas" é de Esopo. - Uma de ferro, outra de barro desciam arrastadas pela forte corrente do rio. Então, a de ferro disse para a de barro:
- encosta-te a mim, sendo duas, mais resistiremos.
- Não - respondeu a de barro, - que ao primeiro encontrão, eu, mais frágil, partirei; tu, mais forte, ficarás.
Foi aproveitada pelo Padre Manuel Bernardes, que a recontou com grande beleza, retirando dela bela lição - referente à amizade.
"Moscardo e a Roda", versejada por La Fontaine (A Mosca do Coche) e citada por Bacon, nos "Ensaios”, pretende mostrar a vaidade balofa, de quem é insignificante.
Poderia citar ainda outras, bastantes interessantes. Como: "A Mulher Ambiciosa"; "A Raposa e a Máscara". "A Nogueira"; "A Mulher Ambiciosa" e a dos "Bois e o Carro", entre outras, que costumam andarem espalhadas pelas seletas.
Quem foi Esopo?
É uma figura semilendária. Foi escravo, mas obteve a liberdade. Viveu no século VII ou VI, AC. Era feio, gago e corcunda. Foi morto pelos délficos.
As fábulas foram escritas em grego, com grande secura. No século XIV foram reunidas pelo monge Plamúdios.
Era escravo de Xanto. Conta-se que este mandou-o ao mercado comprar o melhor que houvesse. Esopo trouxe-lhe línguas, afirmando – que nada há melhor, porque difundem: a verdade, a ciência e são a arte da oratória.
Xanto achou graça ao servo-filosofo, e disse-lhe que fosse novamente ao mercado e comprasse o pior que houvesse.
Esopo trouxe-lhe línguas – pois por elas chegam as piores coisas que há: a discórdia, a guerra, a calunia e a blasfémia.
Confunde-se, muitas vezes, as fábulas de Esopo com as de Fedro.
Fedro, também era escravo. Nasceu no ano 30 AC. Viveu em Roma, no século I. Foi libertado por Augusto, que mais tarde lhe reconheceu o valor.
É de Fedro: "O Frango e a Pérola", confundida, quantas vezes, como sendo de Esopo. Creio que D. Francisco Manuel de Melo, a refere, erradamente, como de Esopo.
São, também, de Fedro, entre outras, a: "A Rã e o Boi"; "O Velho Leão Doente"; "As Duas Mulas"; "A Raposa e o Corvo".
Ambas, as de Esopo, como as de Fedro, são bastantes atuais, fazem refletir, e são de grande proveito para a juventude, e não só.
"As Duas Panelas" é de Esopo. - Uma de ferro, outra de barro desciam arrastadas pela forte corrente do rio. Então, a de ferro disse para a de barro:
- encosta-te a mim, sendo duas, mais resistiremos.
- Não - respondeu a de barro, - que ao primeiro encontrão, eu, mais frágil, partirei; tu, mais forte, ficarás.
Foi aproveitada pelo Padre Manuel Bernardes, que a recontou com grande beleza, retirando dela bela lição - referente à amizade.
"Moscardo e a Roda", versejada por La Fontaine (A Mosca do Coche) e citada por Bacon, nos "Ensaios”, pretende mostrar a vaidade balofa, de quem é insignificante.
Poderia citar ainda outras, bastantes interessantes. Como: "A Mulher Ambiciosa"; "A Raposa e a Máscara". "A Nogueira"; "A Mulher Ambiciosa" e a dos "Bois e o Carro", entre outras, que costumam andarem espalhadas pelas seletas.
Quem foi Esopo?
É uma figura semilendária. Foi escravo, mas obteve a liberdade. Viveu no século VII ou VI, AC. Era feio, gago e corcunda. Foi morto pelos délficos.
As fábulas foram escritas em grego, com grande secura. No século XIV foram reunidas pelo monge Plamúdios.
Era escravo de Xanto. Conta-se que este mandou-o ao mercado comprar o melhor que houvesse. Esopo trouxe-lhe línguas, afirmando – que nada há melhor, porque difundem: a verdade, a ciência e são a arte da oratória.
Xanto achou graça ao servo-filosofo, e disse-lhe que fosse novamente ao mercado e comprasse o pior que houvesse.
Esopo trouxe-lhe línguas – pois por elas chegam as piores coisas que há: a discórdia, a guerra, a calunia e a blasfémia.
Confunde-se, muitas vezes, as fábulas de Esopo com as de Fedro.
Fedro, também era escravo. Nasceu no ano 30 AC. Viveu em Roma, no século I. Foi libertado por Augusto, que mais tarde lhe reconheceu o valor.
É de Fedro: "O Frango e a Pérola", confundida, quantas vezes, como sendo de Esopo. Creio que D. Francisco Manuel de Melo, a refere, erradamente, como de Esopo.
São, também, de Fedro, entre outras, a: "A Rã e o Boi"; "O Velho Leão Doente"; "As Duas Mulas"; "A Raposa e o Corvo".
Ambas, as de Esopo, como as de Fedro, são bastantes atuais, fazem refletir, e são de grande proveito para a juventude, e não só.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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