” São cerca de 24 pontos, desde a Régua, Vila Real, Chaves para Este. Trás-os-Montes e Alto Douro tem potencial. Há alguns polos desenvolvidos e outros não, cerca de 64% está por aproveitar. Alguns estão em sítios complicados do ponto de vista geográfico, mas alguns poderiam ser mais facilmente explorados.”
Para o investigador, os municípios deveriam aproveitar mais o potencial termal, que poderia ser um ativo importante para alavancar a região:
” O conjunto de polos que temos aqui são muito diversificados em termos de tipologias hidroquímicas, águas de diferentes tipologias e é todo o mundo que está por desenvolver. A aposta no termalismo em Trás-os-Montes, se os municípios assim o entenderem e conseguirem cativar o privada e conjugar com o ambiente, poderíamos ter algo muito importante a favor da região.”
O turismo termal é já uma tendência em alguns países de leste da Europa que poderia ser adotada também em Trás-os-Montes e Alto Douro:
” Atualmente temos uma tendência chamada turismo termal. Não só os estrangeiros mas também os nacionais procuram essas atividades. É uma questão de saber divulgar. As próprias termas que ainda existem, devem tentar, com a entidade privada, desenvolver programas interessantes, como acontece nos países de leste.
O termalista tem o programa termal e complementar. A paisagem, valores culturais e gastronomia, tudo isso é articulado.”
Uma realidade que está a ser criada no Convento de Balsamão, no concelho de Macedo de Cavaleiros, que tem um projeto turístico para desenvolver de 17 milhões de euros, envolvendo 50 pequenas áreas de negócio e a envolvente natural daquela zona.
Entre os planos está a reativação das termas de Balsamão e a construção de um hotel de quatro estrelas.
O projeto foi apresentado em outubro do ano passado e neste momento já foram dados alguns passos para a sua concretização.
Ainda este ano vão iniciar os trabalhos de pesquisa da água termal, avança o padre Eduardo Novo, da Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição, promotora do projeto:
” O projeto está a ser desenvolvido por fases. A parte florestal já está e vamos avançar agora com a parte agrícola: plantações e sistemas de rega.
Vamos avançar também com a parte das energias para essa mesma qualificação. Depois avançaremos, provavelmente no mês de novembro, com a prospeção e pesquisa das águas, inserido neste estudo hidrogeológico das águas termais.
Estamos sempre atentos a candidaturas para apoios financeiros e com esperança que possamos avançar.”
Declarações à margem das XXVI Jornadas Culturais de Balsamão, que este ano tiveram como tema a água – saúde, salvação e vida – reforçando também a necessidade de poupar este recurso.
Um tema atual, considera o padre Basileu Pires, Presidente do Centro Cultural de Balsamão, que gostaria que que mais gente participasse nestas sessões:
“É um recurso escasso que temos e é preciso saber apreciá-lo e geri-lo. A água é um tema que está na ordem do dia e ao escolhermos este tema vemos que estamos com um problema nas mãos, porque é um recurso que precisamos todos os dias.
As inscrições são menos relativamente aos outros anos, com cerca de 25 inscrições, mas estamos satisfeitos. No que toca a problemas culturais parece que as pessoas não aderem muito, mas continuaremos sempre a falar sobre eles.”
As Jornadas Culturais de Balsamão decorreram de quinta-feira a domingo, no Convento de Balsamão, em Chacim, e em Picote, no concelho de Miranda do Douro.
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