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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Sendim: O cultivo da horta transmitido de geração em geração

 Nos meses de primavera e do verão, o cultivo da horta é uma atividade muito comum no nordeste transmontano. Em Sendim, por exemplo, há uma família de mulheres agricultoras, a avó, Ilda Conde, a filha, Vera e a neta, Mafalda, que cultivam e vendem o excedente de produtos hortícolas em feiras e em cabazes através das redes socais.

Tudo começa com a limpeza dos terrenos, as lavras e a preparação da terra para a sementeira e as plantações. Nas hortas da família Conde, em Sendim, a plantação das batatas no passado mês de abril, deu início a um trabalho diário, que se prolonga até ao mês de setembro.

“As plantações na horta fazem-se nos dias de quarto minguante ou no quarto crescente da lua. Depois das batatas, plantam-se os repolhos, as curgetes, o alho francês, as cebolas, as beterrabas, as acelgas, os feijões verdes, os feijões de cascas, alfaces, cenouras, pimentos, tomates de várias qualidades, as noras, as abóboras, os melões e as melancias”, ensinou, Ilda Conde.

Dado que muitos dos produtos hortícolas se destinam à comercialização, a família Conde, opta por plantar estas culturas em períodos alternados, de modo a que a colheita se prolongue durante todo o verão.

“Nas batatas, por exemplo, há que ter em consideração que são necessários três meses para a colheita. A batata demora um mês para nascer, um mês para crescer e um mês para amadurecer”, explicou.

Segundo Ilda Conde, a horta exige uma atenção permanente e um trabalho diário, na rega, na remoção das ervas daninhas e na colheita dos produtos que vão amadurecendo.

Uma das inovações introduzidas na horta da família Conde é o sistema de regra gota-a-gota, com um temporizador, que permite definir períodos de rega.

“Com o sistema gota-a-gota poupamos água, poupamos tempo, fazemos uma rega mais localizada na planta e não nasce tanta erva”, explicou a filha, Vera Conde.

À medida que os produtos da horta vão amadurecendo, a família Conde comercializa-os nas feiras locais e também através das redes sociais, em cabazes, de acordo com as solicitações dos clientes.

“As vendas nas feiras e através das redes sociais permite-nos escoar os produtos, evitando o seu desperdício. Um cabaz semanal é feito de acordo com as preferências dos clientes e pode levar um quilo de batatas, um quilo de feijão, um quilo de tomates, duas alfaces e três cebolas”, exemplificou.


Questionada sobre as razões do inquestionável melhor sabor dos produtos hortícolas, comparativamente com os que se compram nos supermercados, Vera Conde, explicou que a melhor qualidade deve-se, entre outros fatores, ao modo de produção biológico, ao cuidado e seleção do terreno e à rega localizada.

Na família Conde, o saber cultivar a horta tem sido transmitido de geração em geração. Este ano, a jovem Mafalda, está a aproveitar as férias escolares para acompanhar e aprender com a mãe, Vera e a avó, Ilda, o cultivo da horta.

“Esta atividade também é pedagógica pois permite-me aprender como é que as plantas nascem, crescem, que cuidados exigem e como se obtêm alguns dos produtos que fazem parte da nossa alimentação”, disse.

A experiência desta família, em Sendim, mostra que a horta é um meio de aprofundar a relação entre as pessoas e transmitir os métodos da agricultura biológica, que é benéfica para a saúde humana e muito importante para a proteção ambiental.

HA

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