A situação já se arrasta há mais de uma semana devido à empresa municipal de Cascais ter retido o avião no aeródromo de Tires, devido a uma divida da Sevenair de mais de 100 mil euros, em serviço de handling.
O autarca Paulo Xavier diz que é uma autêntica “trapalhada” e que está a pôr em causa o bem-estar da população. “Isto é uma tremenda trapalhada, porque pôr um serviço destes em causa é muito mau e para mim Cascais não esteve bem, porque o que está em causa são as pessoas. Temos pessoas que precisam de ir a Lisboa todas as semanas”, apontou.
Para o presidente do município de Bragança a solução é fácil, deixar de ser usado o aeródromo de Cascais e o avião voltar a aterrar no aeroporto de Lisboa, como era feito antes. “Eu retirava já da cidade de Cascais. Nunca devia ter saído da Portela e saiu, mal”, afirmou.
Para Paulo Xavier o ministro das Infraestruturas tem de resolver o problema. “É mau que o ministro não dê um murro na mesa para acabar a história”, criticou.
A ligação aérea Bragança-Portimão está suspensa desde 3 de março, quando o autarca de Cascais ordenou a suspensão dos serviços do aeródromo, retendo o avião. A ANAC veio dar a razão à empresa municipal, dizendo que a Sevenair, além da licença de handling, tem de ter ainda uma licença de autoassistência. Assim sendo, a companhia aérea terá de pagar mais de 100 mil euros à Cascais Dinâmica.
Entretanto, ontem, a Sevenair emitiu um comunicado onde deu conta de que não subscreve “integralmente” as conclusões da ANAC, esclarecendo que a lei não exige a segunda licença.
Ainda assim, já fez um pedido à ANAC de licenciamento de autoassistência para “prevenir situações futuras” e admite que aceita pagar o exigido pela Cascais Dinâmica, logo que sejam reembolsados pelo Estado.
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