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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Miranda do Douro viajou no tempo até à Guerra do Mirandum no século XVIII

 O castelo de Miranda do Douro, ou que resta dele, depois da Guerra do Mirandum, foi palco da recriação daquele que foi um dos momentos mais trágicos da história da cidade


Centenas de pessoas morreram a 8 de maio de 1762, numa guerra entre Miranda e Castela. “A praça de Miranda estava completamente rodeada de espanhóis, que antes tinham ocupado algumas povoações, nomeadamente Duas Igrejas, o Marquês Sarriá colocou lá o seu posto de comando, e dia 8 de maio de 1762 rebenta o paiol. Não se sabe o que aconteceu, se foi acidente, se foi uma traição, se foi um espanhol que conseguiu invadir e chegar ao paiol. Morreram cerca de 400 pessoas, isso é uma tragédia para Miranda”, explicou a arqueóloga Mónica Salgado.

Miranda do Douro esteve mergulhada na pobreza e miséria ao longo de quase 200 anos. A saída do bispo de Miranda para Bragança foi outros dos fatores que contribuiu para a desertificação deste território. Recentemente, já em 2020, foram descobertos vestígios desta guerra. “Identificámos umas valas dos combatentes e pessoas civis, num terreno onde fizemos sondagens arqueológicas, que correspondem a pessoas mortas com o rebentamento do paiol”, disse.

Ao longo de sexta, sábado e domingo, o recinto do castelo encheu-se de espetáculos de teatro, música, animação e também gastronomia, levando os visitantes a viajar no tempo até ao século 18.

Os mais novos também fizeram parte da encenação. Vestidos a rigor fizeram um desfile pela zona histórica e sabiam bem o que estavam a representar. “A Guerra do Mirandum é uma guerra entre Portugal e Castela. Castela quer atacar Miranda do Douro, que tenta ganhar, mas, com a destruição do paiol, Miranda começa a desabar”, explicou o pequeno João.

O artesanato também não faltou, nomeadamente a cutelaria, pelas mãos do artesão Francisco Cangueiro, com produção na aldeia de Palaçoulo. “Mesmo sendo peças modernas, acabamos por remeter para a história”, referiu.

A Guerra do Mirandum foi recriada pelo terceiro ano consecutivo e é mais uma iniciativa que atrai visitantes à cidade. Disso não tem dúvidas o vice-presidente do município, Nuno Rodrigues. “É o terceiro ano que estamos a fazer e, de ano para ano, vê-se o crescimento deste evento”, salientou.

Além da recriação teatral, houve ainda duas conferências, onde foram apresentarados vários factos históricos associados à Guerra do Mirandum. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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