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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Museu de Arte Sacra tem uma nova exposição “A vida é ouvido”, em Macedo de Cavaleiros

 Estão expostas pinturas cheias de cor e sombra, numa simbiose poética, com as pinceladas. Esta é exposição patente na Casa Falcão, de Cristina Castro, até 30 de novembro


Foi inaugurada nesta sexta-feira, a exposição de pintura e desenho intitulada “A vida é ouvido” da autoria de Cristina Castro, no Museu de Arte Sacra, em Macedo de Cavaleiros.

Nesta exposição, a artista, partindo de uma premissa poética, e do contacto direto com a natureza, mostra traços, manchas e cores, paisagens ambíguas quer serenas, quer tumultuosas, como a própria conta:

“Como falei à pouco, parto sempre de um local onde eu estive, uma serra, uma praia, algo que me é muito familiar e que vou sempre. Portanto, em espaços e lugares, onde eu caminho, ou mergulho, por exemplo. E depois também outras paisagens dos mestres da pintura da história de arte. E depois como estava a dizer, este mundo que entra em sussurro, e altera-se como um filtro que se vai apurando, de um ouvido que aprende a ser surdo, para que deixe, que as melodias, possam compor, acolhendo silêncios. Ou seja, há aqui uma deriva poética, da “A vida é ouvido” deste pequenino texto, que mostra que uma paisagem é algo que nós também estamos incorporados. Esta ideia do ouvido, que altera as coisas, que nos vamos absorvendo, o nosso museu cultural. As nossas vivências, que se vão alterando e como a memória, vão se apagando. E portanto, surge o silêncio. É algo um bocadinho mais poético. ”

E ainda acrescenta:

“A ideia da repetição e da continuidade num ciclo ininterrupto. A ideia da repetição é ver mais, para ver melhor. Ver a mesma coisa, mas nunca é a mesma coisa. Como o pintor Cézanne, que pintou centenas de vezes a Montanha de Saint-Victoire, que não sabia quem observava quem. Se era ele que via a montanha, ou se a montanha o via a ele, de tal maneira que as coisas estavam misturadas. E para a tentar compreender melhor, ou compreender melhor a si, pinto-a centenas de vezes.”

A mostra está integrada na exposição permanente do Museu de Arte Sacra, e deste modo, o objetivo é dar a conhecer novos artistas, como destacou Inês Falcão, que tem direção artística a seu cargo:

“Não sendo ela de Macedo, que pode ser uma mais valia trazer a sua obra. E é essa a nossa preocupação, que é trazer, novos artistas, com valor cultural. E esta mistura com o acervo que está no Museu de Arte Sacra, acho que esta simbiose funciona sempre muito bem. Como nós tentamos mudar e a exposição de Arte Sacra, como está aqui já há alguns anos, que não seja sempre a mesma coisa, trazemos vida para dentro do museu, porque temos visitantes, que vêm dois, três anos, e não podem ver sempre as mesmas obras. É essa a nossa aposta, é essa a mistura e sobretudo com esta artista que lhe fizemos o desafio, e ela aceitou. E portanto, esperemos que os macedenses tenham a curiosidade de ver o que esta exposição tem a ver “A vida é ouvido”.

Presente na inauguração também esteve Benjamim Rodrigues, presidente da câmara de Macedo que evidencia a vertente poética através da pintura:

“Neste caso, optamos por trazer alguém com um processo criativo muito produtivo. É uma investigadora, que é conhecedora de artes, nas suas vertentes e que tem uma formação muito rica. Ao mesmo tempo, podemos dizer que é uma pessoa que também é uma poeta, ao ter esta produção, também está a fazer poesia. E há aqui muito trabalho de introspeção. Isto permite que qualquer comum cidadão, possa apreciar, as sensações cromáticas, que é possível desfrutar e ao mesmo tempo poder imaginar, o que está por detrás, desta mensagem que é visível. Portanto, eu falo de serenidade, de nostalgia, de bucolismo, que a nossa paisagem tem tudo a ver também. E por vezes, vemos sombras e aquilo que nós não vemos está apara além da nossa imaginação”.

A artista Cristina Castro é natural do Porto, tem formação académica em Artes Plásticas – Pintura. Desde 1995 que tem realizado exposições individuais e coletivas, para além de ser professora e investigadora.

A inauguração contou também com uma apresentação musical do professor António Lopes. Já a exposição vai ficar patente até dia 30 de novembro.

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