Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Amanhecem-me gaivotas no sangue, como se a madrugada me ardesse por dentro. Sinto-as rasgarem-me as veias em círculos de voo, gritando o meu nome em cada investida contra o silêncio.
Amanhecem-me gaivotas no sangue, como se dentro das veias houvesse mar. Cada batida do coração é uma maré que se ergue em várias direções, trazendo-me o voo branco das lembranças. Há um vento que levanta as asas, que me traz a claridade e rompe a noite que me habitava.
As gaivotas, essas que me percorrem o sangue, não são aves, são presságios: dizem-me que amar é ter asas sem precisar partir, é ser mar e céu no mesmo corpo, é voar mesmo de pés cravados na areia.
E assim sigo, aberta ao infinito, lugar onde cada aurora me acontece, lugar onde o amor não se explica, apenas se respira.
Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas coletâneas: Poema-me; Poetas de Hoje; Sons de Poetas; A Lagoa e a Poesia; A Lagoa o Mar e Eu; Palavras de Veludo; Apenas Saudade; Um Grito à Pobreza; Contas-me uma História; Retrato de Mim; Eclética I; Eclética II; 5 Sentidos.
Reunir Escritas é Possível: Projeto da Academia de Letras- Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina.
Livros Editados: O Roseiral dos Sentidos – Suspiros Lunares – Delírios de uma Paixão – Entre Céu e o Mar – Uma Eterna Margarida - Contornos Poéticos - Palavras Cruzadas - Nos Labirintos do Nó.


Sem comentários:
Enviar um comentário