A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, anunciou a criação de um grupo de trabalho dedicado à exibição cinematográfica, sendo que este ano várias salas fecharam, em todo o país.
Durante uma audição no Parlamento, a ministra afirmou que o Governo está atento à desafetação de salas de cinema, ou seja, à retirada da sua função original, e garantiu que este é um tema prioritário.
O grupo junta o Instituto do Cinema e Audiovisual e a Inspeção-Geral das Atividades Culturais, com o objetivo de encontrar soluções para travar esta tendência.
Em Bragança há vários anos que não há exibição comercial de cinema, regular, diversificada e diária. O mesmo acontece também em Beja e Portalegre.
Segundo dados oficiais, o país conta atualmente com 550 salas de cinema em funcionamento, um número que tem vindo a descer. A maioria concentra-se nas regiões de Lisboa e do Norte, deixando o interior, como Bragança, praticamente sem oferta cultural nesta área.
Nos últimos meses, várias salas encerraram portas em centros comerciais por razões económicas, incluindo espaços em Gaia, Braga e Viana do Castelo.
A ministra garantiu que o Governo vai acompanhar de perto o impacto destes fechos e estudar medidas que permitam reforçar o acesso ao cinema em todo o território nacional, com especial atenção às zonas mais afetadas, como o Nordeste Transmontano.
De acordo com o Instituto do Cinema e do Audiovisual, em 2024 existiam 563 salas de cinema, das quais 172 estavam concentradas na região de Lisboa, 166 na região norte e 122 na região centro. As restantes 38 estavam na região do Alentejo, 36 na do Algarve, 15 nos Açores e 14 na Madeira.
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