terça-feira, 10 de outubro de 2017

Obra do madeiramento da capela-mor da igreja de Quintanilha.

«Digo Manoel Afonso mestre carpinteiro da villa de Outeiro que por este me obrigo com minha pessoa e bens a amadeirar a capella mor da igreja de Quentanilha, que sera de madeira de castanho toda nova e capas de receber, e será de duas agoas com sua trabessa por cima e pernaria por baixo com hus uliveis e por dentro a figura de três agoas e todo o amadeiramento formado em hua grade de madeira com quatro quadrados e terá seu tabolamento forrada a escama de peixe por cima dos caibros com alquetrave no tabolamento e corneja e juntamente a porta para a sancrestia com suas almofadas baixas também de madeira de castanho e sua fechadura corrente com sua chave cuja obra me obrego a fazer por preço de vinte mil reis reservado [sic] para mim a madeira velha, de que se não uzara para a dita obra de cuja quantia se me dera doze mil reis para comprar, e serrar madeira, e o mais no fim da obra cuja obra ajustei com o padre Domingos Pires Velho cura de Milhão como procurador do reverendo senhor Doutor Simão dos Santos Graces Coelho fabriqueiro das igrejas do Illustrissimo Senhor Cabbido e para constar mandei fazer este que assignei sendo testemunhas Antonio de Morais e o reverendo Licenciado Joze Bras deste lugar de Milhão nelle, e Março 29 de 1767 Manoel Afonso Antonio de Morais Joze Bras».
(A letra diferente): «Falta declarar neste escripto que a madeira ha de ser seca e não cortada agora, porque a que agora se cortar, não pode estar em termos de servir, e se emadeirar a igreja logo que a obra de pedreiro der lugar a isso, e não convém madeiramento de madeira verde, ou pouco seca, tendo esta clauzula estou pello que ajustarem os reverendos padres curas, parecendo lhe a elles conveniente o ajuste e nestes termos darei o primeiro pagamento e ao reverendo senhor padre cura Domingos Pires direi a rezão porque nao mando agora pelo portador os 12.000 o que faria se não fosse; não obstante querer no escripto esta clausula»;
(A letra diferente): «Recebi os doze mil reis do primeiro pagamento da mão do reverendo Domingos Pires Velho cura de Milhão por mando do reverendo Doutor fabriqueiro e para constar mandei fazer este que assinei sendo testemunhas Antonio Rodrigues solteiro e Lourenço Cavaleiro do lugar de Milhão nelle e Abril 26 de 1767 Manoel Afonso Lourenço + Cavaleiro Antonio + Rodrigues».

Fonte: A.D.B., Cabido, Cx. 30, doe. s/n°, s/fl.

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