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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A Flora no Parque Natural de Montesinho

A Flora do Parque Natural de Montesinho é muito variada devido à sua localização geográfica e à grande variabilidade geológica e climática que caracteriza o Nordeste de Portugal. Nas altitudes mais elevadas do Parque, encontram-se numerosas espécies de plantas próprias de regiões de clima atlântico, como sejam o Noroeste da Península Ibérica e a Europa ocidental.
Entre estas plantas citam-se a urze Erica cinerea e a gramínea Agrostis curtisii.
Nas áreas de clima mais quente e com uma estação seca mais acentuada, o que corresponde às zonas de menor altitude do Parque Natural, surgem plantas tipicamente mediterrâneas como a esteva, o trovisco, o sanganho e a gilbardeira.
As comunidades vegetais mais evoluídas, como os carvalhais e os sardoais, possuem normalmente maior diversidade florística que os matos que se instalam após a sua destruição. Existem espécies de plantas que no Parque Natural de Montesinho apenas podem ser encontradas nestas comunidades florestais. São o exemplo, da betónica bastarda e a Festuca elegans, duas plantas associadas ao carvalhal.
De especial importância é a flora da Serra de Montesinho e da área compreendida entre os rios Sabor e Tuela. Esta região, conjuntamente com a Serra de Nogueira, corresponde à extremidade sul de um sistema montanhoso quase contínuo que se inicia nos Pirenéus e se prolonga até à vizinha Serra da Sanábria, em Espanha.
Ao longo deste sistema montanhoso, encontram-se várias espécies vegetais cuja distribuição termina nesta região. Entre as espécies de plantas apenas assinaladas para Portugal na Serra de Montesinho e áreas circundantes, podem-se citar as violetas Viola parvula e Viola bubanii, a escrofulariácea Euphrasia hirtella e a labiada Stachys sylvatica.
A flora mais original e importante do Parque de Montesinho encontra-se, contudo, nas denominadas rochas ultrabásicas. Estas rochas, de cor escura, por vezes esverdeada, originam solos tóxicos para a maioria das plantas. Apesar do aspecto desolador da vegetação nestes locais, aí vegetam espécies únicas no mundo como a cravina Dianthus laricifolius ssp. marizii, a Arenaria querioides ssp. fontiqueri e o Seseli peixoteanum.
Outras plantas, apesar de não endémicas, apenas podem ser encontradas em Portugal nestas rochas. Entre elas, o feto Cheilanthes marantae e a salgadeira (Allyssum pintodasilvae).
Esta última espécie, durante os meses de Junho e Julho, confere uma intensa cor amarela aos pousios de cereais assentes em rochas ultrabásicas. A conservação da flora no Parque Natural de Montesinho depende, em larga medida, da preservação dos carvalhais, sardoais e bosques ripícolas bem como das comunidades vegetais das áreas ultrabásicas. Para isso é necessário que os utentes deste Parque tomem consciência de que muitas actividades humanas, como as arborizações, as queimadas, o pisoteio, o pastoreio e a construção, quando excessivas e tecnicamente inapropriadas, podem comprometer a conservação da flora.

in:viagenstravel.com

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