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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Linho - da Arranca ao Estender

O linho era semeado em terras de regadio abundante ou húmidas, pois o linho é uma planta que tem que ter bastante humidade para se desenvolver e crescer convenientemente. A qualidade do linho depende do seu desenvolvimento, quanto mais ele for regado mais ele se desenvolve aumentando assim a sua qualidade.
Quando maduro era atado em molhos para ser conduzido à eira. Aí era ripado para lhe separar as sementes. Depois de separado das sementes, era novamente atado em molhos e lançado à água nos ribeiros e regatos, para apodrecimento da casca exterior.
Ao fim de três semanas de molho, era retirado do água e estendido nas lameiras a secar ao sol. Depois era novamente conduzido à eira, para libertar os fios internos da casca exterior, à força de pancadas com o maço. Depois de maçado, o linho era espadado e sedado a fim de separar a estopa do linho.
Depois a estopa e o linho eram fiados na roca e no fuso que mãos ageis manobravam habilmente. Fiar a estopa era um trabalho difícil por ser uma fibra mais grosseira e áspera. Acabada a fiação, procedia-se ao arranjo das meadas com o auxilio do sarilho, onde se enrolava os fios das maçarocas, à medida que ele rodava.
Terminada esta tarefa, estendiam-se as meadas nas lameiras a corar. depois de coradas, metiam-se numa barrela, feita num grande cortiço, envolvidas em água quente e cinza. Tiradas da barrela, as meadas eram lavadas e estendidas novamente a corar.
Depois de tecido o linho era novamente lavado e corado.
Só depois de todos estes trabalhos, é que o tecido de linho ficava pronto para confecção de lençóis, toalhas de rosto e de mesa, camisas, ceroulas etc. Com a estopa procedia-se de igual modo e tinha quase a mesma utilização que o linho.

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