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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bragança-Miranda: «Crise vocacional» só acaba com nova mentalidade, salienta primeira Carta Pastoral do bispo

D. José Cordeiro centra-se no percurso feito nos seminários e aponta formação dos padres como prioridade
D.R.Bragança, 03 nov 2011 (Ecclesia) – A escassez de vocações sacerdotais só pode ser ultrapassada com a “conversão” dos católicos, sublinha o novo bispo de Bragança-Miranda na sua primeira Carta Pastoral, intitulada “O Seminário como um laboratório de esperança para o presente do futuro”.
“Todos nós devemos admitir que não respondemos plenamente a esse chamamento [de Deus e da sua Igreja] nas nossas famílias, nos ambientes de trabalho, nas paróquias, nos movimentos, nas congregações religiosas e institutos seculares, escreve D. José Cordeiro no documento enviado à Agência ECCLESIA.
No texto lançado alguns dias antes da Semana dos Seminários, de 6 a 13 de novembro, o mais jovem bispo português realça que a saída da “crise vocacional” só ocorrerá “se esse processo de mudança de olhar e de mentalidade for sincero e produzir frutos de novidade de vida”.
“A qualidade dos futuros presbíteros depende da seriedade da sua formação”, refere o bispo da diocese transmontana, que centra a Carta nas prioridades educativas dos candidatos ao sacerdócio.
No capítulo dedicado à “formação humana”, o prelado indica as virtudes humanas e capacidades relacionais dos padres, “desde o equilíbrio geral da personalidade” até à aptidão para “carregar o peso das responsabilidades pastorais”, ter um “conhecimento profundo da alma humana” e cultivar o “sentido da justiça e da lealdade”.
Referindo-se à dimensão comunitária, D. José Cordeiro considera que é preciso superar “entraves graves”, como “atitudes individualistas e narcisistas”, “comportamentos de isolamento”, “busca de promoção pessoal”, “competição”, “tendência pelo luxo, pela mordomia e aburguesamento”, “‘intriga eclesiástica’” e “submissão por conveniência”.
A formação espiritual deve incidir na “leitura meditada e orante da Palavra de Deus” e nos sacramentos, ao mesmo tempo que aprofunda “o sentido profundo do humano”, o “valor religioso do silêncio”, a procura de “Cristo nos homens” e a oferta do “dom generoso e gratuito de si mesmo (celibato)”.
“Considerando a prioridade da formação presbiteral, em todas as suas dimensões, a preparação académica qualificada dos formadores” exige da diocese "constante atenção, sacrifícios pastorais e investimento económico”, indica o bispo.
A Carta Pastoral destaca igualmente a necessidade de os sacerdotes estarem permanentemente atualizados, já que “se a vida do padre não é formação permanente, toma-se frustração permanente”.
O acompanhamento dos novos sacerdotes também é focado: “Logo a seguir à ordenação presbiteral o padre é enviado, sozinho, para um vasto conjunto de experiências pastorais”, assinala o prelado, que faz votos para “a solidão, que pode ser experimentada em qualquer idade, nunca seja produzida pelo desleixo da comunhão sacerdotal”.
O antigo reitor do Pontifício Colégio Português em Roma realça que “as testemunhas mais eficazes da vocação ao presbiterado são os próprios presbíteros e os seminaristas.
D. José Cordeiro dispõe de 100 padres, “dos quais 66 dedicados e sacrificados párocos” responsáveis pelas 326 paróquias da diocese, enquanto que a nível de candidatos ao sacerdócio há dois jovens com licenciatura em Teologia, quatro seminaristas maiores e 11 menores (do 7.º ao 12.º ano).
in:agência ecclesia

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