35 famílias carenciadas receberam, na passada sexta-feira, cabazes alimentares distribuídos pelo Centro Social e Paroquial de S. Bento e S. Francisco, em Bragança. O presidente da instituição afirma que até ao Natal a instituição ainda vai distribuir mais alimentos pelas pessoas mais desfavorecidas. O padre Rufino Xavier constata que os pedidos de ajuda têm vindo a aumentar.“Temos que entregar mais cabazes, porque só tivemos tempo para fazer estes 35, mas os pedidos continuam a surgir e cada vez há mais famílias a pedir-nos mais cabazes. Por isso, vamos ter que alargar, e como temos o armazém cheio vamos convidar mais famílias a vir receber o seu cabaz. Nós temos famílias seleccionadas e só entregamos os cabazes às famílias que nós conhecemos e que acompanhamos e temos um dossier muito cheio e há cada vez mais pessoas que nos procuram.
E com o que nos dói mais o coração é famílias com três, quatro e cinco filhos”, salienta o pároco.O desemprego é o principal motivo que leva as pessoas a pedir ajuda. Rufino Xavier afirma, ainda, que é muitas vezes procurado pelos idosos com baixas reformas, que também pedem ajuda para comer.
“Muitas crianças da nossa freguesia vêm-nos pedir coisas, os bens essenciais o leito, a manteiga os cereais, porque vão para a escola sem ter nada no estômago, e nós desencadeamos logo a ajuda naquele momento.
Depois ficamos com os dados e acompanhamos o agregado familiar. A maioria das pessoas têm falta de emprego e também há pessoas com mais idade que me procuram no final das missas”, conta Rufino Xavier. Quem recebe os cabazes alimentares diz que é uma boa ajuda, porque o dinheiro não chega para fazer face a todas as despesas. Isaura Conceição e Natalina Machado receberam ajuda pela primeira vez.“É muito importante, porque ajuda-me muito. Tenho dificuldades. Estou desempregada e só recebo o Rendimento Social de Inserção. Não chega para tudo e tenho que poupar muito para me chegar para a água, luz e renda de casa”, afirma Isaura Conceição.“A mim quando me telefonaram até pensei que era mentira.
Ando no IPO, nunca tive ajudas, sou doente e tenho que ir todos os meses ao IPO. É a primeira vez que me dão. Eu não posso trabalhar. No ano passado fechei-me em casa e nem polvo, nem bacalhau comi no Natal. Esta ajuda é muito boa”, conta Natalina Machado.
O Centro Social de S. Bento e S. Francisco a ajudar as famílias mais carenciadas da freguesia de Santa Maria e das paróquias sob a tutela do padre Rufino Xavier.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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