Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Lenda do Folar
O folar terá nascido de um desgosto de amor. Numa aldeia portuguesa, uma jovem chamada Mariana sonhava com o casamento. Rezava incessantemente a Santa Catarina para que lhe arranjasse pretendente cedo. A Santa respondeu às suas preces e enviou-lhe um fidalgo rico e um lavrador pobre.
Mariana não soube qual escolher e voltou a pedir à Santa que a orientasse para o melhor pretendente. Um dia bate à porta da casa da jovem, Amaro, o lavrador, a pedir uma resposta até ao Domingo de Ramos (o domingo imediatamente antes da Páscoa). O fidalgo resolveu pedir uma decisão, nesse mesmo dia.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
As gentes da terra disseram a Mariana que o fidalgo pretendia aparecer no dia do casamento para matar Amaro. Nas vésperas do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada com esta possibilidade e resolveu recorrer às preces, colocando um ramo de flores junto de Santa Catarina.
Quando voltou para casa o ramo de flores estava em cima da mesa, junto a um bolo com ovos inteiros. Surpreendida, Mariana correu para casa de Amaro. Cruzaram-se no caminho e, também ele, tinha recebido o mesmo bolo rodeado de flores. Pensando ser uma acção do fidalgo, digiram-se a sua casa. Contudo o cenário repetiu-se. Lá estava o bolo e as flores.
Inicialmente chamado de «folore», o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação.
Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costuma levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A lenda do folar. Não conhecia, é uma lenda da reconciliação e onde a nobreza e o povo foram postos no mesm pé de igualdade.
ResponderEliminarReconciliemo-nos e comunguemos deste espírito todo o ano.