sexta-feira, 11 de maio de 2012

Retransmissores são ilegais

Rio de Onor é uma das aldeias onde a Junta substituiu antenas de sinal analógico da PT pelo novo sistema TDT Na aldeia raiana de Rio de Onor, no concelho de Bragança, a Junta de Freguesia foi obrigada a instalar um posto retransmissor para que a população pudesse continuar a ver televisão depois do apagão analógico. A autarquia investiu cerca de 7 mil euros neste novo sistema e não tem garantias de comparticipação.
O presidente da Junta de Freguesia de Rio de Onor, António José Preto, recorda que contactou a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), quando percebeu que a aldeia ficava em zona sombra, onde não chega o sinal da TDT.
O autarca garante que, em resposta, a ANACOM demitiu-se da responsabilidade de colocar qualquer sistema na aldeia para possibilitar aos cidadãos o acesso gratuito à televisão.
Por isso, teve que ser a Junta a suportar o sistema. Agora, o autarca espera que a ANACOM legalize o sistema, que não foi colocado pela PT. “Devia ter sido a PT a colocar o sistema, porque antigamente também foram eles que colocaram as antenas, mas eles não entenderam assim”, lamenta o presidente da Junta.
Mesmo assim, António José Preto afirma ter garantias da ANACOM sobre a legalização do sistema, sendo certo qie a colocação de retransmissores é ilegal.

14 por cento da população do distrito de Bragança não tem acesso ao sinal da TDT
Ao contrário do que acontece na vizinha Espanha, em que as próprias Juntas podem comprar e instalar o sistema, a ANACOM já fez saber que só a PT pode instalar retransmissores. Sérgio Denicoli, professor e investigador da Universidade do Minho, admite, no entanto, que a reguladora já está a abrir algumas excepções.
Só no distrito de Bragança, 14 por cento da população não tem acesso à TDT. A maioria habita em zonas sombra, onde a solução é aderir à televisão paga ou esperar que as autarquias coloquem retransmissores.
“A única solução que a PT apresentou aos habitantes de Rio de Onor era aderirem ao MEO para verem televisão. Isto com o patrocínio da ANACOM”, lamenta José Preto, presidente da Associação Cultural e Recreativa de Rio de Onor.
A Junta optou pelo retransmissor para que todos os habitantes da aldeia pudessem continuar a ver televisão. Mesmo assim, nem toda a gente está satisfeita com o apagão analógico. É que apesar de Rio de Onor estar a cerca de 100 metros da fronteira, a população só tem acesso aos quatro canais portugueses e não consegue apanhar os canais espanhóis.


in:jornalnordeste.com

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