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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
S. Joanico à espera do Parque Ibérico - Espaço de natureza, aventura e promoção de produtos locais aguarda financiamento
A beleza natural e a hospitalidade das gentes de S. Joanico, no concelho de Vimioso, tornam esta aldeia tipicamente transmontana num pólo turístico.
Situada nas margens do rio Angueira, esta aldeia é a porta da Rota da Terra Fria no concelho de Vimioso. Aqui vai nascer o Parque Ibérico de Natureza e Aventura, um projecto que vai valorizar não só as tradições e saberes das populações de Angueira, S. Joanico e Serapicos, mas também os produtos locais.
Quem vive em S. Joanico não se cansa de enaltecer a beleza desta terra. Numa visita à aldeia encontrámos Elias Preto. Emigrado em França há mais de 50 anos gosta de passar férias na terra Natal, onde construiu uma casa nova. Elias Preto diz-nos que há pessoas do litoral a recuperar casas nesta localidade, para passarem férias em comunhão com a natureza.
“Há pessoas que vêm de fora e compram as casas velhas que estão a cair e recuperam-nas. Aquelas casas são todas de pessoas do Porto que vêm para cá de férias. É uma aldeia muito bonita”, realça Elias Preto.
Mais à frente, encontrámos Teresa Nunes. Aos 83 anos, esta habitante de S. Joanico recorda as memórias que tem da sua juventude.
“Quando eu era jovem faziam-se actos, aos quais davam o nome de comédias. Era uma espécie de teatro, que envolvia muitas pessoas”, recorda a idosa.
O linho também faz parte das tradições desta aldeia. “Fiei muito linho. Era semeado, depois era preciso malhá-lo, punha-se no rio, a água cozia-o, depois era maçado, e espadado. Depois é que era fiado e ia para a tecedeira”, conta Teresa Nunes.
À conversa junta-se César Augusto Pêra. Trabalhou toda a vida na agricultura e ainda cultiva a horta para o sustento da casa. Os tempos evoluíram, mas não larga o burro que o ajuda nas lides agrícolas.
Tradições ainda fazem parte
do dia-a-dia de quem resiste
na típica aldeia de S. Joanico
Os turistas que passam por S. Joanico ficam encantados com as tradições desta terra. “Às vezes iam comigo carregar feno. Depois punham-se na carroça a tirar fotografias”, conta César Pêra.
Também Teresa Nunes partilha a história da aldeia com quem os visita. “Vieram umas pessoas de Coimbra. Nos estávamos sentadas aqui no largo e eu recitei-lhe uns versos e mandaram-me uma carta com os versos e com uma fotografia”, recorda a idosa, com um sorriso no rosto.
E são mesmo os turistas que dão vida à aldeia de S. Joanico, onde durante todo o ano residem pouco mais de 40 pessoas.
in:jornalnordeste.com
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