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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Algoso: História, património e lendas

Mais de cinco mil turistas por ano que querem conhecer os encantos da aldeia
Montes, vales e os rios Maçãs e Angueira completam um quadro único de beleza natural, em que as fragas salpicam de castanho e cobre o verde de campos que se iluminam com os raios de sol. O vento transporta memórias e pedaços de história que há muito se entranharam nas gentes e paisagens do Nordeste Transmontano.
Terra de profundos contrastes, Algoso, no concelho de Vimioso, contrapõe a aridez e robustez dos solos e campos que a cercam, com as cores inebriantes dos jardins que dão as boas-vindas a todos os que por lá passam.
Conhecida pelo castelo que se impõe no Monte da Penenciada, a mais de 600 metros sobre o rio Angueira, a freguesia oferece isso e muito mais a todos os visitantes e curiosos, como a igreja matriz, o pelourinho, o antigo edifício da Câmara e as capelas de São João e São Roque, entre muitos exemplares históricos.
O pequeno castelo integrava uma linha defensiva antiquíssima, em conjunto com as fortificações de Milhão e Santulhão, e proporciona vistas deslumbrantes, a partir das quais se pode contemplar, entre muitas outras coisas, a antiga ponte romana sobre o rio Angueira. No recinto envolvente, pode visitar-se, ainda, um templo antigo que seria, primitivamente, a igreja matriz daquela localidade e que surge associada à lenda da Senhora do Castelo (ver caixa).

Algoso era ponto de passagem obrigatório para os romeiros que percorriam o Caminho de Santiago
Rica em estórias e património, Algoso é, também, conhecida pela Fonte Santa, na Capela de São João. Seria aí que, em tempos idos, os romeiros que percorriam o Caminho de Santiago lavavam os pés e descansavam antes de continuarem viagem. “Há quem diga que a água é milagrosa e que os cerca de dois mil romeiros que passavam por aqui aproveitavam para se refrescar”, explicou o presidente da Junta de Freguesia de Algoso (JFA), Luís Manuel.
Antiga vila e concelho, Algoso não perdeu a “majestade” de outros tempos. Além do património histórico, conserva animação e movimento, bem como várias pessoas a passearem pela aldeia ou, simplesmente, sentadas a conversarem. Apesar do “mal” da desertificação e envelhecimento da população que atinge o Nordeste Transmontano em geral, a freguesia orgulha-se da agitação originada pela procura constante de turistas. “Temos muitos visitantes, mas gostaríamos de poder ter alguém a tempo inteiro que os pudesse receber e manter as portas do castelo sempre abertas”, lamenta o autarca.
A JFA bate-se, ainda, pelo avanço da mini – hídrica do rio Angueira, cujo processo enfrenta, actualmente, um impasse. “Só há entraves, o que é muito mau, pois este projecto podia trazer riqueza à região, bem como alguns postos de trabalho”, aponta Luís Manuel.


A lenda da Senhora do Castelo
Rica em lendas, uma das mais famosas de Algoso é a da Senhora do Castelo, passada de avós para netos e de pais para filhos. Segundo se diz, um lavrador pousou o seu bebé enquanto andava no campo.
Quando foi à procura do filho, não o encontrou. Depois de dar umas voltas, apareceu-lhe um crocodilo que engoliu o pequeno. Com uma machada, o agricultor obrigou o animal a vomitar a criança, que permaneceu intacta. Após matar o crocodilo, o lavrador tirou-lhe a pele que, ainda hoje, se encontra pendurada numa parede da capela situada junto do 
Castelo de Algoso. “É uma lenda, mas existe, de facto, a pele do crocodilo e está visível para toda a gente”, relatou o presidente da JFA.

Por: Sandra Canteiro
in:Jornal Nordeste

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