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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 7 de dezembro de 2025

Hoje relembro José Carlos Pereira Ary dos Santos.

 Nascido em Lisboa, a 7 de dezembro de 1937, com apenas 14 anos, a família publicou-lhe um primeiro livro, “Asas”, à sua revelia. Saiu de casa logo aos 16, sobrevivendo como vendedor de máquinas de pastilhas elásticas, paquete na Sociedade Nacional de Fósforos e escriturário no Casino Estoril. Em 1958, iniciou uma carreira de êxito nessa área, graças à criatividade que aplicava aos slogans.


Em 1954, alguns dos seus poemas foram selecionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett, ladeando com nomes consagrados da poesia portuguesa. Em 1963, publicou “A liturgia do sangue” e, no ano seguinte, “Tempo da lenda das amendoeiras”. Desde então, sempre publicando livros de poesia, entre os quais “As Portas que Abril Abriu”, de 1975. Em 1994, a sua “Obra Poética “foi editada, postumamente.

Enquanto declamador, gravou vários discos, tendo participado, com Natália Correia e Amália Rodrigues, no LP “Cantigas de Amigos” (1971).

Ativista e militante político, em 1969, integrou a campanha da Comissão Democrática Eleitoral e filiou-se no PCP. Nesse ano, concorreu, sob pseudónimo ao Festival da Canção, com o poema “Desfolhada”. Com música de Nuno Nazareth Fernandes e interpretação de Simone de Oliveira, a canção venceu. Voltaria a ganhar em 1971, com “Menina”, interpretado por Tonicha; em 1973, com “Tourada” e, em 1977, com “Portugal no Coração”, ambos interpretados por Fernando Tordo. Autor de mais de 600 poemas para canções, colaborou ainda com Alain Oulman, José Mário Branco, Paulo de Carvalho ou António Victorino de Almeida.

A sua ligação ao fado começa em 1967, com a interpretação de José Manuel Osório do poema “Desespero”. Viria a escrever especificamente para fadistas como Amália Rodrigues e Carlos do Carmo.

Os poemas do álbum “Um Homem na Cidade”, de 1977, são todos da sua autoria e consistem num marco da história do fado.

Viveu praticamente toda a sua vida no n.º 23 da Rua da Saudade, onde existe uma lápide evocativa do poeta, e deu nome a um largo no bairro de Alfama.

Texto: © Museu do Fado, DR

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