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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A lenda da aranha

Local: MOGADOURO, BRAGANÇA

A Santa Família seguia o seu itinerário na rota do Egipto, muito confiante em Deus, de Quem tinham recebido ordem da fuga, mas pouco confiantes na malícia e crueldade dos homens. Procuram, pois, ocultar-se o mais possível, para não serem vistos, sobretudo com receio dos soldados do rei tirano. 
 Em certa altura da viagem, encontraram uma gruta bastante espaçosa Resolveram pernoitar ali e descansar da fadiga da viagem. 
 Enquanto dormiam, uma diligente aranha teceu uma grande teia que tapava completamente a entrada da gruta. 
 As nossas donas de casa, sabem bem, por experiência própria, como este insecto é desembaraçado, pois muitas vezes tiram uma teia e, no dia seguinte, eia aparece de novo, já reconstruída! 
 Os soldados de Herodes, que vinham seguindo as pegadas da burrinha, que, segundo a lenda transportava os poucos haveres da Sagrada Família, foram atraídos para a gruta por essas pegadas. Vendo, porém, a entrada vedada com a teia de aranha, disseram uns para os outros: 
 — Aqui não podem estar porque, se entrassem, tinham que desfazer esta “aranheira”. 
 E retiraram-se sem terem notado a presença das três Santas Pessoas. 
 Quando José, Maria e o Menino acordaram e se dispunham a prosseguir viagem, notaram a teia de aranha na entrada da gruta, e, fora desta, as pegadas dos soldados. 
 Compreenderam que tinham sido salvos pela humilde e fraca aranha. 
 Nossa Senhora teria dito então: 
 Bem hajas, pobre bichinho. Abençoado sejas por Deus. É essa a razão, ainda segundo a lenda, por que muitas pessoas não matam a aranha, limitando-se a espantá-la, pois têm a superstição de que, matando-a, traz azar.

Fonte:OLIVEIRA, Casimiro Raízes: Poesia, Contos e Lendas Mogadouro, Associação Cultural e Recreativa de Soutelo, 1998 , p.85-86

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