Foto: Glória Lopes |
Entre esta quinta e sexta-feira mais de uma centena de crianças e jovens de escolas de Bragança, desde o 1º ciclo ao ensino superior, estão a fazer um tapete elaborado com cinco mil pastilhas elásticas.
O tapete, concebido por João Pedro Vale, faz parte da exposição de obras da colecção de arte contemporânea da Portugal Telecom que será inaugurada este sábado no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Os jovens garantem que daqui em diante vão olhar para a pastilha elástica como "algo mais do que o mastiga e deita fora", explicou Natália, 13 anos, que nunca imaginou que uma vulgar pastilha pudesse ter utilidade artística. Os jovens, a quem já chamam os mastigadores, têm a missão de mastigar as pastilhas e colar na base do tapete.
Esta é uma experiência completamente diferente da visual, chegando ao aspecto sensorial, porque se trata de uma obra de arte com aroma de morango. Para além do material inusitado de que o artista se socorre, "fica a sala cheia de aroma a pastilha elástica de morango, pelo que esta exposição tem também um aspecto sensorial, juntamente com outras obras com movimento e som", explicou Jorge da Costa, diretor do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Esta é também uma rara oportunidade de participar na construção de uma obra de arte. "Podem sentir-se orgulhosos por terem participado na construção de uma peça artística. Pode ficar para a memoria futura de cada um", acrescentou o responsável.
Ao tapete de pastilhas elásticas juntam-se mais 45 obras de 33 artistas que constituem a colecção da Portugal Telecom, com uma grande diversidade de linguagens "mas com uma espécie de diálogo entre todos porque há um cruzamento entre vários obras, correntes, meios e escolas", frisou Jorge da Costa.
in:jn.pt
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