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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Macedo de Cavaleiros comemorou o 39º aniversário da Revolução de abril
Macedo de Cavaleiros assinalou ontem os 39 anos do “25 de abril”. As comemorações decorreram no Jardim 1º de Maio, em frente aos Paços do Concelho, e iniciaram com a cerimónia de hastear das bandeiras, acompanhada pela Banda Filarmónica do Brinço.
Prosseguiram com o recital de poesia alusiva à data pelos poetas macedenses Adelaide Garcia e Luís Panda, seguido das intervenções do Presidente da Câmara Municipal, Beraldino Pinto, e da Deputada Municipal, Inês Barrios.
A Deputada referiu que os diversos governos que se sucederam ao 25 de abril “levaram a que o país iniciasse um período de progresso e de desenvolvimento sem precedentes na sua história, tendo como marco fundamental a adesão à Comunidade Europeia”. A representante da Assembleia considera, no entanto, que “ao fim de quase quarenta anos de aproximação aos níveis de desenvolvimento europeus, o país se vê confrontado com uma sempre muito baixa produtividade”, enaltecendo o “papel relevante” da abertura ao exterior.
Lembrando o passado de Portugal ligado à emigração, Inês Barrios diz que “Este não é um tempo de abandonar Portugal, mas sim de levar Portugal além-fronteiras. Não de deixar o país, emigrando, mas de lutar para conquistar novos mercados”, defendendo a alteração do modelo de desenvolvimento porque “temos que mudar o país e não mudar de país”.
O Presidente da Câmara Municipal diz que “é ainda mais pertinente evocar abril e honrar e renovar o compromisso com os valores de abril” num período de “tremendas” dificuldades para as famílias portuguesas e de incertezas quanto ao futuro. “Interessa hoje, muito especialmente, ‘pegar’ na esperança geminada com o 25 de abril e que precisamos de renovar.” Para o autarca, a “não resignação dos jovens de outrora, deve ser entendida pelos jovens de hoje como um exemplo de coragem para as suas vidas.” A evocação de abril “é dizer-lhes que há espaço para os seus sonhos e ambições e pedir-lhes para que não baixem os braços pois cabe-lhes também um papel importante na vida e no futuro do país.” Beraldino Pinto defendeu que “abril deu a palavra ao povo. Promoveu a afirmação da sociedade, em especial da Mulher.
Deu-lhe espaço e respeito, possibilitando-lhe o acesso a lugares nas instituições até ali inalcançáveis. Mulheres a quem o 25 de abril deu direitos que em boa verdade eram seus por mérito e direito próprio. Mulheres que foram e continuam a ser os pilares basilares da nossa sociedade.” Outra das “grandes conquistas de abril foi o designado poder local, fator decisivo na afirmação dos valores de abril. O poder local tem sido determinante e essencial para a construção de um Portugal mais desenvolvido, no entanto o poder local está hoje muito limitado na sua atuação e foi enfraquecido.”
De acordo com o autarca, “há muito abril por cumprir. As desigualdades entre o Litoral e o Interior agravam-se, mantendo dois pesos e duas medidas no ordenamento do território e na oferta de serviços públicos essenciais. Continuam os Municípios a não ver transferidos os meios financeiros necessários para as novas competências que progressivamente lhe têm sido atribuídas, vendo-se privados dos recursos suficientes para uma melhor promoção da riqueza e de emprego.
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres demasiado grande. O Estado não tem conseguido afirmar-se como garante da equidade entre as populações, exigindo às famílias esforços em muitos casos não suportáveis. Continua o Estado a enterrar milhões nos sistemas de transportes das grandes urbes e as populações das aldeias do interior sem direito a ter transportes. Continuam as câmaras transmontanas a comprar água a preços ruinosos e cidades do litoral a ter água ao preço da chuva.”
Nesta que foi a última cerimónia evocativa do 25 de abril em que Beraldino Pinto se dirigiu aos macedenses na qualidade de Presidente da Câmara Municipal, lembrou e agradeceu “a determinação e unidade que todos demonstramos nos momentos de defesa dos nossos direitos, e especialmente na assistência à saúde.”
Para Beraldino Pinto “nestes anos, a nossa ação reforçou as condições para a melhoria da qualidade de vida dos macedenses. Macedo de Cavaleiros é hoje um concelho sólido, preparado paras as difíceis exigências que se nos apresentam. Dotou-se o concelho de infraestruturas essenciais. Abril também ensinou que equipamentos desportivos, sociais, de lazer ou culturais também são essenciais. E numa altura em que, por este nosso país, com a justificação de dificuldades financeiras, muitos projetos mesmo estruturantes ficam na gaveta, muitas coletividades culturais fecham as portas, muitos alunos abandonam a escola, muitas feiras do livro não se realizam, muitas terras ficam privadas de cinema, muitas respostas sociais ficam por dar àqueles que mais precisam, mais se evidencia a força do nosso concelho, a riqueza das nossas instituições em todos os setores, a adequação do caminho que seguimos, a coesão das redes que soubemos em conjunto construir, a capacidade, a disponibilidade e o crer da nossa gente.”
in:noticiasdonordeste.com
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