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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Miranda do Douro - Exposição documental “Cantigas de Abril”
A partir do dia 22 de abril até ao dia 3 de maio, a Biblioteca Municipal de Miranda do Douro recebe a exposição documental “Cantigas de Abril”.
A par desta mostra, realiza-se no 25 de abril, às 16 horas uma Tertúlia intitulada “ContraConversa”, com vários intervenientes.
ContraConversa
“A história dos portugueses pode ser contada através das cantigas porque o povo sempre se serviu das canções para exprimir as suas aspirações e anseios. Foi um processo longo e historicamente determinado pelas mais diversas e distintas situações com as quais as lusas gentes se foram confrontando: das cantigas de escárnio e maldizer até ao canto de intervenção foi percorrido um caminho muito difícil na afirmação da vontade colectivamente sentida de denúncia e de luta contra as injustiças.
Não recuaremos a tempos tão recuados e a viagem retrospectiva inicia-se apenas nos inícios do século XX. Para que no 25 de Abril de 1974 uma canção como a Grândola, Vila Morena se tornou-se um símbolo de uma vitória partilhada em tons maiores de colectivo, foi muito penoso conseguir-se um efectivo contributo das cantigas para essa madrugada libertadora.
Com efeito, temos de recuar aos Cantos Republicanos e ao Fado Operário, para logo mais sentirmos a força dos novos cantos oriundos do mundo académico da Canção de Coimbra.
Mas também teremos de revisitar as Canções Heróicas e a recuperação de uma Música Regional não submetida às castrações da folclorização operada pelo Estado Novo. E, em tempos bem mais próximos da Revolução dos Cravos, percorremos os movimentos da Balada e do Canto de Protesto, com as novas trovas a afrontarem o bafiento nacional-cançonestismo, passando pela Canção Política ou Canto de Intervenção, até chegarmos ao Canto Livre do nosso (des)contentamento que ocupou as praças da canção com o 25 de Abril de 1974.
Foram – continuam a ser! – cantos de denúncia e de mobilização, de crítica e de consciencialização, contra situações de injustiça e de atropelo à dignidade humana. E é justamente esse percurso que pretendemos revisitar nesta contraconversa!”
in:noticiasdonordeste.com
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