Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Transmontanos reclamam regras na fronteira para negócio dos cogumelos


Os municípios da Terra Fria Transmontana reclamaram hoje a regulamentação urgente da apanha de cogumelos silvestres no lado português da fronteira, que oferece um "mercado livre" aos espanhóis, enquanto Espanha taxa e cobra licenças aos portugueses.
A "desigualdade" de legislação tem permitido aos espanhóis explorarem livremente o negócio deste recurso natural, nomeadamente na Terra Fria Transmontana, o território com mais abundância de cogumelos silvestres em Portugal, segundo Artur Nunes, presidente da Câmara de Miranda do Douro.
O autarca é também presidente de uma das associações que está a trabalhar esta temática, a Corane - Associação de Desenvolvimento dos Municípios da Raia Nordestina, de que fazem parte os quatro concelhos da Terra Fria: Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso.
Artur Nunes defendeu, em declarações à Lusa, que "não é justo" existir, no lado português da fronteira, "um mercado livre de apanha e os espanhóis regularem através de taxas para a apanha e nos sítios que eles autorizam para o efeito".
"Tem que haver no âmbito da fronteira algum respeito de um lado e de outro", considerou, explicando que a associação que representa já teve uma reunião com o diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte em que manifestou a necessidade de Portugal proceder à regulamentação desta atividade.
Ninguém consegue apontar números concretos, mas há vários anos que diferentes entidades locais denunciam a saída anual de toneladas de cogumelos das florestas transmontanas para Espanha, sem qualquer controlo.
Os intermediários espanhóis contratam recoletores portugueses que recebem valores como "sete ou 15 euros" por quilo de algumas espécies que atingem preços de "100 ou 300" euros no mercado espanhol, segundo Francisco Torrão, da associação micológica a Xixorra, que está a trabalhar com a Corane no processo.
"Neste momento o comércio é 100% espanhol", assegurou, apontando o "caricato" de Portugal estar a comprar cogumelos a Espanha apanhados nas florestas portuguesas.
Contactado pela Lusa, o diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, adiantou, por escrito, que aquele organismo já "elaborou um documento-síntese" para proposta de regulamento da apanha de cogumelos silvestre, "que teve encaminhamento superior", mas ainda não adianta datas para a conclusão do processo.
Apontou, porém algumas orientações que defende como os cogumelos serem "entendidos como sendo propriedade do dono da terra, a sua colheita para comercialização obrigar a uma licença de coletor (e a um benefício para o dono da terra), haver locais interditos à colheita e mecanismos de controlo na colheita e na comercialização".
Manuel Cardoso entende que os portugueses "estão a ganhar dinheiro" com a situação atual e que "enquanto não houver alternativas mais vantajosas no escoamento interno, o que se verifica para Espanha é muito bom".
Uma exploração mais vantajosa deste recurso natural depende, na opinião do diretor regional, do que os portugueses conseguirem fazer no "campo e das iniciativas empresariais que surgirem".

HFI // JGJ
Lusa/fim

Sem comentários:

Enviar um comentário