A tradição de cantar os Reis, no dia 5 e 6 de Janeiro, ainda se mantém viva no Nordeste Transmontano.
Em Mirandela, como já é habitual, reuniram-se as pessoas por freguesias, na noite do passado sábado, no Auditório Municipal, e cantaram-se os Reis ao presidente da Autarquia.
Quem canta, gosta da tradição e do convívio, pois é nessa altura que as freguesias se encontram e mostram o que valem na música.
“Esta é uma tradição que não podemos deixar morrer, porque as pessoas já se vêm tão poucas vezes que esta é sempre uma oportunidade para conviver”, refere Artur dos Santos, um dos cantadores.
Subiram a palco nove grupos de cantares.
Careto e cantadores em Rebordainhos
Em Rebordainhos, no concelho de Bragança, a tradição é secular e única na Península Ibérica. Um careto anuncia a chegada de quatro cantadores às casas onde rezam pelas almas ou cantam de acordo com a vontade do dono da habitação.
“As músicas são ensaiadas, têm timbres de vozes muito diferentes e específicos. É uma tradição centenária, não se sabe muito bem a origem mas pensa-se que será de origem pagã”, explica o presidente da Associação Social Cultural e Recreativa de Rebordainhos (ASCRR), Filipe Freixedelo.
Toda a gente da aldeia abre a porta e oferece comidas e bebidas aos cantadores, mas não esquecem a esmola para as almas.
Francisco Martins, um dos quatro cantadores de Reis, considera que é importante ensinar os mais novos para que a tradição se mantenha. “Saber as músicas, toda a gente as sabe, agora o difícil é interpretá-las por causa da especificidade dos timbres mas nós queremos ensinar tal como fizeram connosco”, frisa.
Todos os anos é nomeado a Mordomia das Almas, composta por um único elemento que fica encarregue de acompanhar os cantadores às casas, receber o dinheiro e depois de marcar as respectivas missas em memória dos falecidos.
Cátia Barreira
in:jornalnordeste.com
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