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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Governo justifica impasse nos voos entre Trás-os-Montes e Lisboa com novas regras europeias

O Governo português justificou hoje ter retido a proposta que fez à Comissão Europeia de financiamento dos voos entre Trás-os-Montes e Lisboa com receio que fosse reprovada devido a novas regras de Bruxelas para Auxílios de Estado.
Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério da Economia confirmou que procedeu à retirada da notificação, em 30 de setembro, "para evitar uma rejeição liminar à proposta que havia sido apresentada ao abrigo do anterior regime" de auxílios e que previa um subsídio a estudantes e residentes pago depois da compra do bilhete.
O comunicado refere ainda que "a Comissão Europeia já se tinha pronunciado informalmente sobre a proposta do Governo em diversas reuniões, tendo levantado fortes objeções à manutenção de Vila Real na rota aérea, por estar próxima de um Aeroporto Internacional, o do Porto, e à subsidiação de estudantes e trabalhadores de Vila Real e Bragança, para além dos residentes".
O Governo "reitera o seu empenho em encontrar uma solução exequível e duradoura para esta ligação aérea" e espera poder "reformular o pedido de auxílio à mobilidade tão breve quanto possível".
O esclarecimento surge depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter sido acusado por forças políticas regionais de "mentir" ao afirmar, numa recente visita a Bragança, que o Governo já apresentou "várias soluções", mas ainda não conseguiu autorização da União Europeia para retomar a carreira aérea suspensa há mais de um ano.
A carreira aérea Bragança-Vila Real-Lisboa foi subsidiada durante 15 anos pela União Europeia com 2,5 milhões de euros anuais pagos diretamente às operadoras.
O Governo suspendeu os voos em novembro de 2012, argumentando que Bruxelas não autorizava mais este modelo de financiamento.
O Ministério da Economia explica, no comunicado, que os pressupostos que levaram ao financiamento desta linha área, em 1997, com obrigações de serviço público alteram-se, já que a região ganhou nova acessibilidade com a construção da Autoestrada Transmontana e outras vias estruturantes.
O Governo entendeu então adotar "um modelo baseado no livre acesso ao mercado e na liberalização dos preços das tarifas aéreas" e foi apresentada a proposta a Bruxelas, que "coincidiu no tempo com a apresentação, pela Comissão Europeia, das novas regras comunitárias relativas aos Auxílios de Estado".
O Ministério da Economia alega que as novas diretrizes europeias propõem " regras mais restritivas no apoio público ao transporte aéreo, sobretudo entre regiões intracontinentais", mas indica que o Governo continuará a bater-se para que "possam beneficiar de auxílios de caráter social aqueles que residam numa região de difícil acessibilidade e que não seja servida pela rede de alta velocidade ou ferrovia e cuja distância ao principal aeroporto internacional [Lisboa] seja superior a 300 quilómetros".
O esclarecimento indica ainda que "os Orçamentos do Estado para 2012, 2013 e 2014 previram sempre a verba necessária para o subsídio ao operador ou aos passageiros, logo que houvesse aprovação por parte da Comissão Europeia".
O comunicado refere ainda que os que criticam o Governo neste processo optaram por não expressar a sua posição na consulta pública a que esteve sujeita a proposta em causa, "tendo preferido alguns o caminho da mentira e da demagogia no debate político nacional".

HFI // JGJ
Lusa/fim

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