A conclusão do Túnel do Marão é apontada como a principal prioridade para os empresários do Douro e Trás-os-Montes, de acordo com o barómetro da Associação Empresarial -- Nervir divulgado hoje.
A Nervir tem em curso um barómetro empresarial que regularmente lança questionários aos empresários da região sobre os mais diversos assuntos.
A associação avaliou a importância que os empresários da região dão aos investimentos em infraestruturas e apurou que, a maior parte, defende como "principal prioridade" a conclusão da Autoestrada do Marão, que vai ligar Amarante a Vila Real.
A construção desta autoestrada, que inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros, parou a 27 de junho de 2011 e, dois anos depois, a obra foi resgatada pelo Estado, que invocou justa causa fundada no incumprimento por parte da concessionária.
Os três concursos públicos que vão permitir retomar esta obra foram lançados hoje. O valor base dos concursos é de 204 milhões de euros, prevendo-se que os trabalhos arranquem neste verão e que a autoestrada possa abrir no início de 2016.
O estudo da Nervir envolveu 180 empresas, a maior parte das quais microempresas com sede do distrito de Vila Real ou na zona do Douro Sul.
A seguir ao túnel, que é prioridade para 34% das empresas, 24% dos inquiridos defendem a eliminação das portagens na Autoestrada 24 (A24).
O peso do custo das portagens na atividade das empresas é "muito significativo" para 51% dos inquiridos e "significativo" para 27%.
Estas opiniões são mais fortes no setor dos transportes (78%). Em termos de dimensão são as empresas "maiores" que mais valorizam este parâmetro.
Segundo o barómetro, 18% dos inquiridos reivindicam ainda a reabertura da ligação aérea Bragança Vila Real e Lisboa, suspensa há mais de um ano, enquanto 12% pede o reforço da rede viária complementar e 12% quer também reforçar a linha férrea regional.
Relativamente à utilização dos meios de transporte (65%) dos empresários "nunca" utilizou o avião para as suas ligações a Lisboa ou a Bragança.
Ainda na opinião dos empresários a região está mal dotada de infraestruturas (70%), comparando com a média nacional. Esta opinião é mais saliente nas empresas dos setores da agricultura (83%) e dos transportes (78%).
A Nervir considera que a "rede rodoviária contribui para o reforço da atratividade e competitividade dos territórios".
No entanto ressalva que, sem a valorização do território e a criação de condições de atração de empresas e de criação de emprego, "são simples corredores de atravessamento que facilitam a circulação de pessoas e bens".
PLI // MSP
Lusa/Fim
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