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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 18 de outubro de 2014

Vírus hemorrágico está a acabar com coelho bravo em Portugal

Os caçadores portugueses estão confrontados na atual época cinegética com "o quase desaparecimento" do coelho bravo que está a ser dizimado por uma nova estirpe do vírus hemorrágico, alertou hoje em Bragança um dirigente do setor.

A doença já exterminou "90 por cento" da que é a principal espécie cinegética em Portugal e há zonas associativas que estão a pensar em fechar a época venatória por falta de caça, como afirmou Júlio de Carvalho, à margem da apresentação da Norcaça, uma feira do setor realizada há 13 anos em Bragança. 

Júlio de Carvalho, dirigente e membro de associações do setor como a Federação Nacional da Caça, alertou que "está-se a chegar a uma fase de tal maneira preocupante que se não houver uma intervenção rápida de quem tem a obrigação de zelar por este património riquíssimo que é fonte de riqueza, o coelho pode ser uma espécie em vias de extinção". 

Segundo explicou, a espécie está a ser afetada "por uma segunda caraterística da viral hemorrágica que destrói totalmente". 

Enquanto "a primeira versão da viral hemorrágica apenas matava os adultos, esta segunda destrói todos os coelhos, acabados de nascer". 

"É um assunto de tal maneira grave e importante para o país que o Governo tem de intervir imediatamente", defendeu. 

Em plena época venatória, que se prolonga de setembro a outubro, há algumas zonas de caça associativas que "vão fechar porque não há coelhos", afirmou, acrescentando estar confrontado com esta situação na que dirige em Bragança, na zona de Meixedo. 

Para ilustrar a dizimação da espécie deu como exemplo uma zona de caça no Alentejo, de que é sócio, e "onde normalmente 30 caçadores matavam, no primeiro dia de caça, 300/400 coelhos, neste momento matam dez, 12, por todos". 

"Andamos todos totalmente desorientados porque não sabemos o que é que havemos de fazer para salvar o coelho, nada tem resultado no combate a esta doença. "Tem de haver uma intervenção muito forte, muito determinada para salvar este setor da economia nacional", reiterou. 

O dirigente fala num " grande problema, o quase desaparecimento do coelho que é uma espécie cinegética fundamental não só para o caçador, porque é a atividade que mais caçadores atrai, como pela importância que tem no equilíbrio da Natureza". 

O desaparecimento desta espécie, continuou, levará também à extinção de outras importantes que sobrevivem graças a este animal. 

Lembrou ainda que o setor da caça "representava, em média, cerca de 500, 600 milhões para o PIB (Produto interno Bruto) nacional e é uma fonte de riqueza muito importante até porque em torno d acaçá giram uma série de outras atividades". 

"Não havendo caça, o turismo, a criação de cães, produção de cartuchos, outras atividades, vai afetar e de que maneira seriamente a nossa economia nacional", acrescentou. 

Em Trás-os-Montes as dificuldades são acrescidas, segundo disse, pelos entraves ambientais impostos pelo Parque Natural de Montesinho, nomeadamente ao nível dos repovoamentos. 

"Se tentarmos fazer alguma coisa no sentido de promover a caça nessa área eles vêm logo com contraordenações e com coimas, demovem o gestor de uma zona de caça a fazer alguma coisa pela caça", observou.

Lusa

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