O autarca de Mogadouro, no distrito de Bragança, falava no decurso das comemorações do 50º aniversário da conclusão das obras de construção da barragem de Bemposta, um empreendimento hidroelétrico que está instalado no concelho transmontano.
O autarca pretende ainda que a distribuição da derrama associada aos centros eletroprodutores, constante na Lei das Finanças Locais, seja de uma vez por todas " uma realidade".
"Continuaremos a lutar para que o imposto pago pelos contribuintes do nosso concelho seja dividido equitativamente por todos e lutaremos contra aqueles centralistas de Lisboa que acham que o dinheiro para o interior é um desperdício", frisou.
Em resposta, e no uso da palavra, Pita de Abreu, presidente da EDP Produção, disse que tomou " nota das exigências" feitas pelo autarca, mas declinou responsabilidades nesta matéria, dizendo que "cabe o Governo a tomadas deste tipo de decisões".
"A gente [EDP] não pode substituir o Estado na publicação de leis e normas e até temos avançado com algumas iniciativas que ainda não estão aprovadas legalmente", acrescentou o responsável.
Pita de Abreu realçou que a "relação de confiança com as autarquias tem sido mútua, e assim vai continuar".
O município de Mogadouro recebe de contrapartidas provenientes da EDP cerca de 220 mil euros/ano.
A barragem de Bemposta começou a ser construída em 1959 e a sua inauguração aconteceu em 17 de outubro de 1964, tendo sido um empreendimento que "ajudou a dinamizar a revolução industrial que o país atravessava".
A barragem de Bemposta foi alvo de um reforço de potência em entre 2008 e 2011, o que permitiu prolongar a vida do empreendimento hidroelétrico, bem como a sua capacidade de produção.
A nova central hidroelétrica de Bemposta II correspondeu a um investimento total de 132 milhões de euros e aumentou em 80 por cento a potência do complexo.
A barragem de Bemposta é uma das três que a EDP produção tem em funcionamento no Douro Internacional.
FYP // MSP
Lusa/fim
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