Considerada uma das mais intocáveis do país, a paisagem envolvente do Rio Sabor, nunca mais foi a mesma, com a construção da Barragem. As praias fluviais, a pesca, os parques de merendas já estão submersos e deixam saudades nos habitantes das localidades próximas do rio.
Luís Bento tem 24 anos. É um dos habitantes de Felgar, no concelho de Torre de Moncorvo que cresceu com o Rio Sabor aos pés. Agora tudo mudou. Deixou para trás os dias de pesca com os amigos ou os passeios à beira rio. Grande parte das amendoeiras, que agora estariam em flor, foram também ficaram submersas.
Agora são apenas lembranças. “A barragem é prejudicial na pesca e no convívio que as pessoas tinham no fim-de-semana, que se juntavam à borda do rio. As crianças podiam tomar banho, tinham pé, e hoje em dia não temos nada.
Vamos ter um clima totalmente diferente, tínhamos uma paisagem bonita. Crescemos com as amendoeiras em flor e, hoje em dia quase nem existem. Tínhamos um acesso a toda a volta do nossso termo junto ao rio e hoje nem o acesso que nos estragaram nos compuseram”, considera o jovem. Além do amendoal, centenas de hectares de olival foram também afectados.
Em Vilarchão, no concelho de Alfândega da Fé, Amanda Jacinto, contempla o olival que, em breve ficará submerso. O valor pago pela EDP não paga as recordações. “Eu tenho pena. Dá-me saudade de ver aquilo tudo diferente, vai-me custar quando estiver submerso. Quando era criança, ia a apanhar a azeitona, com o rio ao fundo. O que me causa mais saudade é a paisagem que o rio tinha. Agora não há nada”, lamenta Amanda Jacinto.
As lembranças submersas pelo rio sabor são o tema de uma reportagem que pode ouvir hoje na Brigantia, depois das notícias das 17 horas e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Agora é tarde para "chorar"
ResponderEliminar