Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Ainda há quem faça queijos como antigamente

Na época em que tudo parece estar industrializado, há quem resista e insista em não deixar de fazer com as próprias mãos aquilo que lhes foi ensinado pelos antigos.


É o caso de Luísa Cunha, que na aldeia de Salselas, em Macedo de Cavaleiros, continua a fabricar queijo de ovelha, longe dos métodos industriais. Uma história aqui contada pela jornalista Tânia Rei.

Luísa Cunha tem 66 anos feitos, e há sete que faz à mão queijos de ovelha. Começa por dizer que clientes não lhe faltam.

Desengane-se quem pensa que esta habitante de Salselas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, é estreante na arte de fazer queijos. Aprendeu em criança, mas fazia-os de vaca. Só que antes havia quem comprasse o leite, e pouco sobrava para o queijo.

Trocou as vacas pelas ovelhas. E todos os dias, até setembro, quando as ovelhas emprenham, ordenha os animais para ter leite fresco. Os aros de metal são fáceis de encontrar, nas feiras, e só o coalho é artificial, porque vem da farmácia. O resto sai das mãos hábeis da dona Luísa.

A dona Luísa faz queijos para dar aos filhos e para vender na aldeia e a quem a procure. Até já alguns turistas levaram queijo artesanal. Aumentar a produção e vender para outros sítios, está fora de questão, porque foge às regras da ASAE. E ainda se os novos quisessem pegar nas tradições, mas a dona Luísa não vê jeitos.

Três queijos levam uma hora e meia a fazer. Coisa demorada e trabalhosa, e que dá mais valor produto.

Enquanto a dona Luísa puder, vai continuar a encher os aros de coalho para fazer queijos de ovelha com o sabor de antigamente.

E, diz-nos esta habitante de Salselas, os novos gostam de comer, mas não querem aprender, e por isso o sabor do queijo feito à mão pode estar em risco de desaparecer.

Escrito por ONDA LIVRE

Sem comentários:

Enviar um comentário