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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 11 de julho de 2015

Dezenas de pendões medievais desfilaram em Miranda do Douro

Comemorações do dia da cidade incluiram um desfile de estandartes de grandes dimensões, de Trás-os-Montes e da provínica espanhola de Leão.
Miranda do Douro, no distrito de Bragança, acolheu este sábado o primeiro desfile ibérico de pendões, “peças únicas” que, durante mais de duas horas, deram um novo colorido às principais ruas da cidade.

O desfile, a que assistiram centenas de pessoas, inserido nas comemorações do dia da cidade, que este ano assinala 470 anos sobre a sua criação, incluiu mais de 60 peças oriundas de toda a região transmontana e da província espanhola de Leão.

Os pendões são estandartes ou bandeiras de grandes dimensões, usados em cerimónias civis, religiosas e militares. No passado, eram ostentados em praticamente todo o reino de Leão, do qual esta região fez parte. De cores onde predominam o vermelho carmesim (a cor do reino de Leão) e ainda o verde, o branco, azul, amarelo e creme, chegam a atingir 13 metros de altura.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, disse que esta celebração é uma forma de união dos povos para o futuro e que não foi tarefa fácil reunir tantos pendões com história e tradição. Estas peças têm mastros com mais de 13 metros de altura, sendo precisa muita força de braços e cuidados com as mudanças de vento para serem transportados.

“É preciso ter força física nos braços. O equilíbrio que temos que fazer mediante a orientação do vento é outro aspecto a ter em conta para se manter o pendão aberto”, explicou João Luís, o “pendoneiro” da freguesia de Aldeia Nova (Miranda do Douro).

Segundo o investigador da Associação de Língua e Cultura Mirandesa Alcides Meirinhos, os pendões existentes nos povoados de todo o território do antigo Reino de Leão, em que Miranda se integrava no passado, tiveram a sua origem nos pendões militares medievais que guiaram a reconquista cristã da Península Ibérica. “Conseguimos reunir um património que estava esquecido nas arcas e, ao mesmo tempo, demos a conhecer aquilo que, provavelmente, está na origem do estandarte nacional. Esta iniciativa é pioneira em território português”, destacou.

O Exército teve como representante um oficial do Estado-Maior no desfile, já que os pendões têm muita importância na história militar do país. O tenente-general José Calaça frisou que o Exército é o fiel depositário de uma tradição que deu origem ao estandarte nacional e que, muito provavelmente, tem origem no antigo Reino de Leão. “E é na tradição destes pendões medievais que vamos buscar toda a nossa tradição. Por isso o Exercito é o guardião desta tradição”, explicou o oficial general.

Ao perderem a sua função bélica, foram recuperados pela Igreja e integrados nos rituais religiosos, assim chegando aos nossos dias. Os pendões ainda são usados em algumas aldeias e actos religiosos do concelho de Miranda do Douro, como a romaria do São das Arribas em Aldeia Nova. Para o investigador Alcides Meirinhos, os pendões são o símbolo mais antigo das Terras de Miranda, a par do seu próprio idioma, o mirandês. “Os pendões acompanham a história da região muito antes dos tempos da reconquista”, frisou.

Agência Lusa

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