O mais conhecido enchido português prepara-se para chegar ao mercado brasileiro com o primeiro Festival da Alheira de Mirandela, na cidade de São Paulo, que deverá decorrer em outubro, informou hoje a entidade responsável.
O primeiro contentor com 30 mil alheiras certificadas para exportar para o Brasil aguarda apenas as últimas autorizações para seguir viagem, segundo adiantou à Lusa Jorge Morais, presidente da Associação Comercial de Mirandela, a entidade gestora da Indicação Geográfica Protegida (IGP) atribuída recentemente àquela que consta das maravilhas da gastronomia portuguesa.
“Neste momento, já temos lá os parceiros, já temos lá a rede de escoamento para lançarmos o primeiro contentor para fazer o primeiro Festival da Alheira de Mirandela”, afirmou, apontando a data de realização do evento para dentro de dois meses.
A maior fábrica de alheiras de Mirandela, a Eurofumeiro, será a primeira a entrar no mercado ambicionado pelos produtores locais, pelo número de lusodescendentes que, só na zona de São Paulo, ascende a sete milhões e meio de pessoas, a maior parte com raízes em Trás-os-Montes, segundo o presidente da associação comercial de Mirandela.
A iniciativa está integrada num projeto mais vasto que a associação promete divulgar em breve e que engloba uma série de lojas em São Paulo com produtos portugueses e ofertas turísticas a partir de Trás-os-Montes.
A intenção desta entidade é levar os produtos das origens a essa comunidade, mas também atrair os lusodescendentes às raízes.
A Alheira de Mirandela fará parte do futuro projeto e é o mote para uma nova oferta que a associação comercial pretende introduzir na região: o turismo industrial.
Para Jorge Morais, o mais difícil de encontrar para o Turismo é um chamariz e Mirandela já o tem.
“A Alheira de Mirandela, o Vinho do Porto e o Mateus Rosé são os três produtos mais conhecidos de Portugal”, indicou, realçando que têm todos origem na região transmontana.
O presidente da associação comercial quer lançar e discutir com os parceiros locais “novas estratégias” para criar pacotes turísticos a partir do ícone local, que levem as pessoas a passar um fim de semana a Mirandela “e não poderem ir embora sem visitar uma fábrica de alheiras e fazer uma degustação”.
A Associação Comercial de Mirandela é a entidade gestora da proteção comunitária atribuída à alheira que representa um volume de negócios anual de 30 milhões de euros apenas neste concelho do distrito de Bragança.
A fileira, na qual sobressaem 12 grandes produtores, gera 600 postos de trabalho diretos.
A alheira certificada obedece a critérios definidos, só pode ser produzida no concelho de Mirandela e é a única que pode ser comercializada com a designação específica “Alheira de Mirandela”.
Representa, contudo ainda cerca de um terço das 100 mil que saem todos os dias de Mirandela para o mercado, que continua a consumir mais a chamada alheira corrente, por ser mais barata, quase metade do preço da certificada.
O mercado nacional absorve o grosso do produto que é exportado para alguns países europeus, como a França, e ainda em pequenas quantidades para Macau e Angola.
Fonte: Sapo.pt
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