A orquestra Fervença apresenta-se neste inverno com uma "programação intensa, diversa e intimista". O objetivo central é que todas as propostas da sua programação sejam um motivo de encontros. Todavia, o tempo mais frio será a justificação para privilegiar algum recolhimento, tornando os momentos de reunião mais confortáveis, íntimos e também mais propícios à introspeção e ao pensamento.
Até dezembro, a orquestra vai, portanto, voltar-se para dentro. Vai para dentro do concelho de Bragança, em direção às aldeias da raia, onde se querem ouvir contos populares e narrativas que pertençam à memória coletiva de cada comunidade; vai para dentro das casas das pessoas na procura por essas histórias; e vai igualmente para dentro do Teatro Municipal onde, um bocadinho antes do Natal, acontecerá o segundo grande concerto deste ano.
Antes disso, até ao final do ano, a programação incluirá ainda um workshop com a equipa da Digitópia (17 e 18 novembro), um projeto de criação musical a partir de plataformas tecnológicas da Casa da Música, que se estreia em Bragança, seguindo-se duas novas declinações da Orquestra Fervença. A primeira destas será o projeto de criação colaborativa Castor e Pólux, dirigido pela cantora e compositora Teresa Campos e pela bailarina Inês Campos. As duas criadoras vão trabalhar com o Coral Brigantino e apresentar os resultados a 6 novembro; a segunda declinação volta a trazer à cidade um velho conhecido, António Serginho, que fez parte da equipa que preparou o primeiro grande concerto da Orquestra Fervença no ano passado. Desta feita, o músico e compositor será acompanhado por Sara Yasmine, num trabalho com o Rancho da Mãe d'Água e com o Brichoir do Conservatório de Bragança, que será apresentado no final a 26 novembro, no Centro Social Paroquial Santo Condestável, pelas 17h.
Contudo, a temporada de Inverno da Orquestra Fervença ficará sobretudo marcada pela viragem para os espaços fechados, algo que ficará mais sublinhado em dois momentos programados para Novembro e Dezembro.
A primeira novidade é a estreia de uma nova linha da programação do projeto. Chama-se "Fervença conta… Histórias da Raia". A Orquestra Fervença vai até às aldeias de Quintanilha (19 de novembro), Caravela (20 de novembro), Babe (27 de novembro), Milhão (3 de dezembro), Rio de Onor (4 de dezembro) para ouvir e contar histórias antigas, do tempo das fronteiras, ao calor das lareiras, inspirando-se assim numa prática ancestral. As sessões nas aldeias da raia vão coincidir com o início dos rituais da festa dos rapazes, bem como com a apanha das castanhas e os respetivos magustos. Por isso, estes serão momentos de celebração e encontro, mas em espaços mais íntimos, incluindo casas particulares, numa comemoração comunitária direcionada em particular para as populações das aldeias onde se realizam.
Para o final do ano ficará reservado um novo grande momento de festejo coletivo de grande escala. É a cereja no topo do bolo de um 2016 muito preenchido. A 22 dezembro, haverá um novo concerto da Orquestra Fervença que, como não podia deixar de ser, volta a ser comandada pelo maestro Tim Steiner. Os brigantinos voltam a ser as figuras principais deste projeto que contará com uma equipa artística renovada. A nova criação da orquestra com Bragança trará ainda outras novidades. Desde logo, o lugar: em vez de acontecer numa praça, terá lugar na sala principal do Teatro Municipal de Bragança. Além disso, este será um espetáculo diferente daqueles a que a cidade assistiu no Verão deste ano e do ano passado, sendo integradas sobretudo referências aos rituais de Inverno da região, numa performance de maior recolhimento e reflexão.
in:noticiasdonordeste.pt
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