As unhas cheiram a frio
Os dedos sabem a gelo, a geada e a terra molhada
O corpo tem as raízes da alma ramificadas nos braços e mãos, que se elevam aos céus como ramos de castanheiros estrelados, plenos de frutos abençoados.
Dedos doridos, gelados…
Olhos esbugalhados de frio ou calor.
Entre dialectos de ternura e amor
Recolhem o fruto do seu labor
O cheiro a frio faz-se milagre na abundância da azeitona, azeite virgem como os olhos virgens e deslumbrados dos agricultores.
O gosto a gelo transforma-se em castanhas adocicadas que adoçam os corações e as mãos calejadas.
Os rostos duros que adubaram as terras com suores e tremores…
Tremem agora de alegria, o gelo derrete de emoção
Um naco de trás-os montes que sabe a castanha, a azeite e a pão.
Um campo no rosto lavrado
Colheita do fruto abençoado
Lágrima de sal cristalizado
A alegria do momento bebe o suor derramado
E o silêncio cala-se porque é inconveniente e indesejado.
M.C.M. (São Marques)
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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