Auditório a abarrotar para ver Júlia Rodrigues assumir "maior desafio" da vida à frente da câmara de Mirandela

Em Mirandela, o auditório municipal foi pequeno para receber todos os que quiseram assistir à tomada de posse dos órgãos autárquicos. Para Júlia Rodrigues que venceu para o Partido Socialista a câmara mirandelense pela primeira vez na história do Portugal democrático, este é o maior desafio que já enfrentou.

“É o maior desafio porque era um sonho que queria concretizar, mas é também uma responsabilidade muito grande, estar à frente da autarquia da minha terra, com as dificuldades que todos sabemos que uma gestão municipal tem hoje e todos os constrangimentos à gestão financeira do município transforma esta situação num grande desafio”, adiantou.

As contas do município são uma da preocupação e serão uma prioridade, garantiu a autarca.

“O primeiro passo é fazer uma avaliação consequente das contas municipais, reunir com todos os funcionários e dirigentes de forma a que possamos avaliar a situação e reunir elementos para fazer um orçamento que nos permita encarar 2018 com perspectivas de futuro”, salientou.

Júlia Rodrigues pretende ainda no imediato criar “um gabinete de apoio às freguesias”, porque “é o poder mais próximo das pessoas e onde vão buscar apoio, principalmente nas freguesias mais afastadas da sede de concelho, é fundamental esta proximidade”.

O Partido Socialista conseguiu ainda a liderança da assembleia municipal, apesar do PSD ter a maioria das juntas de freguesias representadas. Luís Guimarães acabou por ser eleito para o lugar até agora ocupado por José Manuel Pavão, com 32 votos contra 28 do PSD e 1 em branco, no total de 61 votos. O novo presidente da Assembleia Municipal tem boas perspectivas apesar do PSD ter maioria e afirma que o que aconteceu foi uma lição de democracia:

“O resultado foi o que esperávamos, Mirandela está numa fase de mudança, quer mudança e tem-nos dado imensas lições e esta foi lição que recebemos por parte dos deputados municipais, nomeando-me presidente da Assembleia Municipal sem termos maioria é um reconhecimento nas pessoas e não nos partidos”, afirmou.

O lugar de vice-presidente será rotativo pelos três vereadores eleitos. Orlando Pires, Vera Preto e José Miguel Cunha. O ex-presidente do município, António Branco, não compareceu na cerimónia de tomada de posse e renunciou ao lugar de vereador da oposição que será ocupado por Rui Magalhães. 

Escrito por Brigantia