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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

EMIGRADOS POLÍTICOS ESPANHÓIS

Há cinquenta e sete anos. Do Diário de Notícias de terça-feira, 12 de Agosto de 1873:

«Em Pinheiro Velho, concelho de Vinhaes, districto de Bragança, entraram ante-hontem perto de trezentos emigrados, armados, fugidos á perseguição do governo hespanhol. Consta-nos que por outros pontos do reino também teem entrado mais emigrados.
O governo tem tomado as medidas necessarias para evitar quasquer consequencias que possam produzir a entrada dos emigrados».

Do Diário de Notícias de sexta-feira, 15 de Agosto de 1873:

«Escrevem de Bragança que por participação das auctoridades de Vinhaes soube-se ali no dia 9 que uma força de cêrca de setecentos homens de voluntarios da republica hespanhola, regularmente armados, tinham passado a fronteira ao pé de Moimenta, e que tendo regressado a Hespanha haviam voltado a Portugal, dirigindo-se sobre Bragança. Contavam-se dessa força excessos incriveis, commettidos em territorio hespanhol: roubos, incendios e os mais artigos das “festas” de Alcoy.
Era ao fim da tarde. O susto foi ali grande. Ignorava-se a direcção exacta que trazia aquella força, e sendo, como era, numerosa a guarnição, não podia dividir-se em columnas que partissem por estradas differentes. N’estes termos, estabeleceram-se fortes piquetes em volta da cidade, sentinellas avançadas nas differentes avenidas e patrulhas de cavallaria em ronda permanente.
E assim se passou a noite.

O dia seguinte amanheceu mais pacifico. Dez soldados e dois officiaes dos emigrados hespanhoes entraram em Bragança ás sete horas da manhã, tendo primeiramente entregado as armas em uma das povoações da fronteira.
Posteriormente soube-se que o resto d’aquella força entregara as armas a uma pequena columna de caçadores e cavallaria que de Vinhaes marchava para o ponto invadido. Essa força entrou ali no dia seguinte. A guarnição de Bragança consta do regimento de cavallaria nº 7 e do batalhão de caçadores nº 3, mas essa força acha-se dividida em fortes destacamentos, os quaes fazem immensa falta para guarnecer, como se deve, os principaes pontos da raia. A força hespanhola ali recolhida deve vir já em marcha para o Porto, acompanhada por uma força de cem praças de infantaria nº 6 e cavallaria, devendo chegar a Lisboa por estes dias».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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