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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Valorizemos o que é NOSSO!...

                           Opinião!...

Nesta dita sociedade moderna globalizante em que vivemos, as facilidades inerentes à importação de produtos oriundos, por vezes, de lugares tão longínquos quanto estranhos, muitos deles acompanhados de uma impressionante campanha publicitária, levam a que as economias locais de pequena dimensão tenham grande dificuldade em se afirmarem e, consequentemente, sobreviverem.
Esta dificuldade é ainda mais acentuada quando se comparam e conjugam, entre outros, fatores de produção, preço e qualidade, sem esquecer a apresentação.
Neste complicada teia comercial e de consumo desenfreado, verificam-se, inúmeras, situações em que não se olha a meios para atingir os fins, tendo como interesse fundamental a especulação e ganância do lucro fácil. Nem mesmo os efeitos negativos para a saúde pública são salvaguardados, ou mesmo ponderados.
Não admira, por isso, que muitos produtos tradicionais estejam em vias extinção, ou já se tenham extinguido. E se isso ainda não aconteceu, para alguns, poderá vir a acontecer, até porque os hábitos alimentares modernos não potenciam a motivação para o consumo dos produtos regionais. Mas deviam potenciar.
Neste contexto, não é fácil levar por diante um exercício de promoção sustentável dos nossos produtos da terra, mesmo sendo-lhes reconhecida grande e singular qualidade gastronómica.
Ora sendo a alimentação uma parte importante da nossa economia, da nossa cultura e da nossa história, será de todo o interesse valorizar o que é nosso, o que nos identifica e pode promover, a vários níveis, noutras zonas do país e do mundo.
Mesmo sustentada num sistema produtivo de pequena dimensão, a nossa atividade agrícola pode, em termos de qualidade e genuinidade, “dar cartas” comparativamente às produções industrializadas.
É que há uma boa quantidade de produtos cujo valor nunca pode ser comparado, desde logo pela forma como são cultivados, dependendo a sua singular qualidade de factores ímpares, como o clima, ou as características dos nossos terrenos.
Quem me conhece de perto, sabem muito bem o que eu penso a este respeito e o “fundamentalismo” que caracteriza a minha atitude perante a defesa dos nossos produtos regionais, do que é nosso.
Sendo certo que há regras que constrangem a produção, comercialização e até a utilização na alimentação dos nossos produtos da terra, no respeito pela tradição, e que temos um longo caminho a percorrer não preservação da nossa alimentação regional, não é menos verdade que poderemos melhorar significativamente a imagem do aqui produzimos e consumimos.
Desde logo, procurando consumir o que produzem os nossos agricultores, atribuindo-lhe valor próprio e valorizando a economia local.
Se aqui temos azeite de elevada qualidade, do melhor do mundo, batatas, vinho, castanhas, carne, fumeiro, entre outras espécies autóctones, não os devemos preterir, nas nossas escolhas, substituindo-os por híbridos tão vulgarizados, quanto acessíveis a qualquer consumidor que opta pela designada “comida de plástico”.
Quem não gosta de comer um butelo casulas, um salpicão e presunto, de porco bísaro, ou outro, criado num contexto rural, beber um bom vinho regional, ou “untar” um prato de grão de bico e bacalhau, com azeite de elevada qualidade, oriundo das nossas seculares oliveiras?!...
Se quanto esta preferência não restam dúvidas, vamos, então, todos, consumir e ajudar a promover os nossos produtos, valorizando o que é NOSSO!... 


Nuno Pires
anunopires@hotmail.com

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