Do séc. XIII ao séc. XXI, da plantação de amoreiras aos métodos de tecelagem, várias são as passagens históricas da Sericicultura no distrito de Bragança que podem desde sexta-feira ser conhecidas em Macedo de Cavaleiros.
“Quando as Periferias São o Cento – A Indústria da Tecelagem e das Sedas” é o nome da exposição agora patente no Museu de Arte Sacra, que conta a história da seda, não só em cronologia mas também através de objetos e peças de vestuário ligadas à atividade.
Uma exposição que tem muito a oferecer a quem a visita, como enumera Eugénia Vilela, responsável pela itinerância e porta-voz da exposição.
“Quem visitar esta exposição vai poder saber mais sobre as histórias, o percurso que é feito, vai encontrar um conjunto de objetos que foram importantes para o estudo e para a história de sericicultura, vai também encontrar alguns vestígios arqueológicos também muito importantes encontrados na fábrica de Chacim e que nos permitiu retratar um pouco desta história e entende-la melhor.
Acaba por ser surpreendente esta cronologia tão grande que nos mostra momentos ao longo das décadas e séculos, sobre os quais Abade Baçal faz referência nas suas memórias arqueológicas. Foi um estudo exausto e muito bem feito.”
Um dos núcleos mais significativos e bem presentes na exposição é o de Chacim que preserva ainda vestígios que testemunham a atividade do Real Filatório.
“A fábrica de Chacim era uma grande produtora de seda, empregou muita mulheres e alimentou muitas famílias.
Ainda existem ruínas da fábrica em Chacim, é uma memória que ainda está muito viva, consiste num património material e imaterial que se conseguiu ao longo das décadas, estudos e investigações feitos e importantes para enriquecer.
Sobretudo, é importante que as pessoas não se esqueçam que a produção da seda no distrito de Bragança foi muito importante.“
Histórias que fazem sentido em Macedo, especialmente pela importância que o concelho teve na produção de seda no Real Filatório de Chacim, espaço este que pode vir a ganhar uma nova dinâmica em breve, avança Elsa Escobar, Vereador da Cultura do município.
“Exatamente. Durante algum tempo Chacim foi sede de concelho e o Real Filatório continua a ser um espaço lindíssimo que queremos reabilitar, essa é uma possibilidade a ponderar.
Neste momento não posso adiantar muito pois ainda é tudo muito prematuro mas vamos ver como corre no futuro.
Recebi, inclusive, uma oferta para realizar uma exposição em Chacim, para quando esta terminar, de forma a dar alguma continuidade e levar as pessoas para fora da cidade e, assim, dar outro valor ao concelho.”
A exposição “Quando as Periferias São o Cento – A Indústria da Tecelagem e das Sedas”, partiu de Bragança para Macedo, segue depois para Alfândega e espera-se que consiga passar por todos os concelhos do distrito.
Histórias da seda que podem ser visitadas no Museu de Arte Sacra de Macedo até dia 7 de abril.
Um projeto expositivo do Museu do Abade de Baçal, organizado no âmbito de Terra(s) de Sefarad – Encontros de Culturas Judaico-Sefardita, com o apoio, entre outros, da CM de Macedo, da CM de Freixo, da Direção Geral de Património Cultural, GPC e DRAPN.
Escrito por ONDA LIVRE
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