Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Dizeres e Ditos na carta Gastronómica de Bragança

Sr.ª Dona Maria Dionor Fernandes Pinto, 71 anos, vive em Bragança.
Eram onze irmãos, andavam ao faz favor de toda a gente. No Inverno aumentavam as dificuldades. Iam à sopa dos pobres, a sopa que serviam era de grão-de-bico, arroz e massa. Também davam pão.
Ao mando da Mãe ia comprar pão a fiado.
Pelo caminho escochava a teta do pão. A Mãe fazia sopa de castanhas. Comiam o que a horta dava e toucinho. No caminho para a Escola havia uma macieira, ela encheu a sacola de maçãs, o guardador da vinha viu e disse ao Pai. Ela, quando chegou da Escola, como sempre fazia, pediu a bênção ao Pai. Este disse: Deus te abençoe e te faça melhor; bateu-lhe. Já casada pelo civil pôs a mão no ombro do marido, e o pai bateu-lhe. No casamento comeu arroz de forno com cordeiro assado. Não se esquece.
Também se comia raposa, ficava de adobo quatro ou cinco dias. Lontra é coisa melhor que há, porque só come peixe.
No Entrudo comiam casulas e pé de porco. Guardavam os rojões numa panela de barro metidos em pingo. No Natal comiam polvo e bacalhau.
O pão de sêmea era muito bom, mais brando. Moletes? Nem os conhecia! Maçãs que via nas árvores dos outros chamava-lhes suas. Mas ter de lavar tanta roupa!
Até perdia o gosto pelas maçãs!

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança

Sem comentários:

Enviar um comentário