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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 8 de maio de 2018

O PRIMEIRO MARCO POSTAL DO MUNDO

Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."

Em 1500, ano que Pedro Álvares Cabral descobriu – a 22 de Abril, – o Brasil, Tristão de Ataíde ia em viagem para a Índia, mas naufragou, em pleno Oceano Indico.
A custo, alcançou terra firme. Por coincidência, era o mesmíssimo local onde treze anos antes, Bartolomeu Dias, havia desembarcado, e realizado o excelente negócio de trocar um boi, por simples barrete vermelho, que tanto agradara aos indígenas.
Acomodado, o melhor que soube e pode, em terras de Natal, resolveu escrever carta, narrando a triste situação, e o modo como ocorreu a tragédia; e colocou-a no bojo de árvore, que ai existia, e existe.
Abertura natural, que permitia proteger a missiva, das intempéries, e facilitava a deteção, pela marinhagem, que por lá passasse.
O local, por ser perto de fonte de água potável, já era conhecido dos navegadores portugueses, que nas viagens que faziam à Índia, abasteciam-se, ali, de água e verduras.
Decorrido um ano, após o naufrágio de Tristão de Ataíde, o comandante João da Nova, indo a caminho da Índia, desembarcou nesse local, da Baia das Morsas, para encher as pipas, de água fresca.
Ao perpassar pela árvore, reparou que havia qualquer coisa depositada na cavidade do tronco, e, aproximando-se, encontrou a carta.
Leu-a, cuidadosamente, e assentou, para assinalar o acontecimento, mandar erguer, no local, pequena capela, que serviu, mais tarde, de ponto de referência, para os navegadores abastecerem-se de água abundante e potável 
A missiva de Tristão da Ataíde veio lembrar, que se podia, para encurtar a distância, utilizando a árvore como marco de correio.
Desde então, os navios que iam para a Índia, deixavam o “ correio”, na abertura natural da árvore, e levantavam a que se destinava a território indiano; quando os barcos regressavam a Portugal, recolhiam a correspondência endereçada à Metrópole.
Poupava-se, assim, tempo, e permitia que as cartas chegassem mais rapidamente ao destino.
Essa árvore, foi, quiçá, o primeiro marco de correio, que existiu, e ficou conhecida, pelos ingleses, por: Post-Tree.
No local existe placa evocativa, onde é lembrado o naufrágio de Tritão de Ataíde e a existência do primeiro marco postal em África e no mundo.


Humberto Pinho da Silva, nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA.Foi redactor do jornal: “Notícias de Gaia"” e actualmente é o responsável pelo blogue luso-brasileiro: " PAZ".

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