De acordo com a direção do Aero Clube de Bragança (ACB), encabeçada por Nuno Fernandes, são esperadas cerca de dez mil pessoas no Aeródromo Municipal de Bragança, onde poderão contemplar entre 130 a 150 aeronaves a sobrevoarem a capital nordestina nos dias 7 e 8 de julho, entre as quais 30 a 40 antigas, que estiveram ao serviço nas duas Grandes Guerras Mundiais. E motivos não faltam aos aficionados dos ares, aos visitantes nacionais e estrangeiros e, sobretudo, aos brigantinos para se associarem a esta “celebração do passado” no primeiro fim de semana de julho. Espetáculos de acrobacias e demonstrações aéreas, caretos paraquedistas em maior número do que no ano transato, aeromodelismo e batismos de voo são atrativos de peso que prometem encher de cor, movimento, animação e alegria, não só os céus nordestinos como, também, todos aqueles que fiquem em terra.
De sublinhar que a vertente solidária volta a ter um papel preponderante, tendo o ACB, entidade responsável pela organização do evento, decidido apoiar, nesta terceira edição, a “Obra Kolping”. Aliás, foi nas instalações desta instituição que decorreu a conferência de imprensa de apresentação do festival à comunicação social. O cariz solidário irá manifestar-se através da oferta de batismos de voo a crianças e adolescentes da instituição, a reclusos do Estabelecimento Prisional de Bragança e a um habitante de cada uma das 39 Uniões de Freguesias e Juntas de Freguesia do concelho brigantino que, de outra forma, não teriam a possibilidade de voar.
“Temos desenvolvido uma parceria de sucesso e a prova está no Careto Air Show que, de edição para edição, cresce e atrai mais e mais pessoas a Bragança”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Bragança, entidade que contribuiu para a organização do festival com um montante de 11500 euros, para além de todo o apoio logístico necessário.
Depois do sucesso das duas primeiras edições, o festival aéreo mais emblemático de Trás-os-Montes regressa a 7 e 8 de julho ao Aeródromo Municipal de Bragança.
“O município tem apoiado de forma substancial esta iniciativa, recordo que, nos últimos três anos, sensivelmente, quase que duplicámos o apoio que era concedido, também, numa perspetiva de crescimento do festival e isso tem acontecido, pois tem havido mais gente a visitar o evento e uma maior participação de aeronaves”, asseverou Hernâni Dias que, para além de caraterizar o Careto Air Show como “importante”, promete continuar a apoiar este evento, numa perspetiva clara de “promoção do território e de desenvolvimento económico”.
Já o presidente da direção do ACB, revela uma ambição desmedida, no melhor sentido, claro, isto porque pretende fazer com que o careto Air Show cresça cada vez além-fronteiras, divulgando que já há associações francesas inscritas nesta terceira edição, mas a meta é a Europa na sua plenitude.
Nuno Fernandes, anuncia, ainda, que serão muitos os expositores presentes, haverá simuladores de voo e a tentativa de fazer “recriações militares do antigamente” com a simulação de uma batalha aérea. E as famílias não foram esquecidas, já que as crianças poderão contar com um parque infantil.
Num apelo à memória, em jeito de viagem ao passado, carros, motas e aviões antigos serão os grandes protagonistas de um evento que promete ser uma “grande festa”.
Outra das novidades, será o Road In Careto Air Show, com motas e carros antigos e clássicos a associarem-se a esta iniciativa. “Desta vez quisemos chamar o passado, tudo o que é clássicos e antigos e, então, decidimos envolver duas instituições da cidade, o NAC (Nordeste Automóvel Clube) e o Bragança Gentleman`s Riders com o intuito de trazerem motas e carros antigos ao nosso evento”, divulgou o dirigente brigantino, acrescentando que, para além do Road In haverá, também, o Fly In Careto Air Show. “São aviões antigos e não antigos que vêm ao evento e é com isso tudo que nós vamos fazer a nossa grande festa”, antecipou Nuno Fernandes.
Quanto à vertente solidária, o responsável que tem vindo a imprimir toda uma nova dinâmica ao clube a que preside, desde o dia 30 de setembro de 2016, promete com o valor angariado tentar remodelar o refeitório da instituição escolhida, a “obra Kolping”. “Desde a primeira edição que nós tivemos sempre esse objetivo, de levar connosco algumas instituições de solidariedade social e, desta vez, escolhemos a Obra Kolping, por ser uma instituição que acolhe crianças de famílias carenciadas e disfuncionais”, concluiu Nuno Fernandes, consciente da relevância destas instituições para a sociedade e do trabalho meritório que desenvolvem, em particular, das que lidam com crianças em situações complexas e delicadas.
(Fotografia principal cedida por Paulo Barreira)
Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com
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