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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Valorização do azeite é dos problemas que mais afetam o setor e o próprio agricultor

A valorização do azeite continua a ser um dos principais problemas que afetam o setor olivícola em Portugal e isso reflete-se nos preços pagos pela azeitona ao agricultor.
Quem o diz é Aníbal Martins, Presidente da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores (FENAZEITES) e administrador da CONFAGRI, que admite que o azeite português é pouco influente nos mercados mundiais:
“O grande problema da olivicultura em Portugal neste momento penso que tem a ver com a gestão dos mercados do azeite e a capacidade que as cooperativas possam vir a ter para valorizar o azeite, repercutindo essa valorização no preço da azeitona a pagar aos seus associados.

Os mercados estão abertos, são mercados globais e, portanto, tudo depende dos grandes países produtores de azeite, como a Espanha, Itália, Grécia e, fundamentalmente, das produções mundiais. Com os mercados totalmente abertos a nossa produção pouco influencia os mercados por forma  a podermos ter alguma influência. “

A preocupação é partilhada por Fernando Vieira, presidente Conselho Fiscal da Cooperativa Agrícola de Valpaços, a segunda maior do país, que defende que a aposta na diferenciação da azeitona por variedade seria importante para a valorização do azeite transmontano:

“Isso é verdade por uma razão muito simples: nós não temos capacidade para competir em termos de marketing com as grandes marcas e, por isso, temos que o fazer pela diferenciação, apostando especialmente nas nossas variedades que são únicas de Trás-os-Montes. A Verdial, Madural e Cobrançosa são únicas. Se não caminhamos para a diferenciação, para a criação de valor, dificilmente conseguiremos dar aos sócios uma maior valorização do produto que entregam na cooperativa. Essa será, de certa forma, uma maneira de transmitir a qualidade e a diferenciação no próprio mercado. “

Fernando Vieira considera ainda que se a apanha da azeitona fosse feita nos períodos estipulados, seria uma mais-valia para a qualidade do azeite:

“Há toda a vantagem em ter determinado tipo de procedimentos na apanha da azeitona, nomeadamente nas épocas estipuladas pelas cooperativas, porque traz mais qualidade e a azeitona chega em melhores condições, pois é apanhada e entregue no mesmo dia. Há épocas em que a apanha reúne as condições ideais, sendo muitas vezes penalizada fora dessa mesma época porque já não tem a qualidade necessária para dar um bom produto depois da extração. “

Os problemas da valorização do azeite a preocupar as cooperativas do setor olivícola.

Escrito por ONDA LIVRE

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