Depois de ter servido de inspiração às criações do estilista português Nuno Gama, e ter assim feito parte da Moda Lisboa, por dois anos, a capa de honras mirandesa vai conquistar a moda francesa.
A informação foi deixada pelo presidente da câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, ontem, à margem da cerimónia de exaltação de capas.
“Na alta-costura francesa também vai ser apresentada a capa de honras como uma forma diferente de estar na moda e agora vamos passar par a moda francesa”, afirmou o autarca que disse ainda que o facto de a peça de vestuário ter chegado ao Papa deu outra visibilidade às capas e “um passo em frente na valorização de um património que só existe aqui e tem uma projecção a nível mundial”.
Aureliano Ribeiro, de 82 anos, é um dos 3 artesãos que resta na região. Começou a trabalhar na confecção das capas desde os 15 anos e esclarece que há cada vez mais gente a querer ter um destes exemplares.
“A capa de honras mirandesa é uma peça muito minuciosa para se trabalhar e todo o artesão que a faz tem de se dedicar um bocadinho para manter as tradições que já existiam quando aprendi com o meu avô e com o meu pai. Desde que câmara começou a fazer esta exaltação toda a gente quer ter um capa para representar aqui neste dia, tem-se notado um bocado de diferença que têm mandado fazer muitas capas ultimamente”, destacou.
O evento acontece desde 2005 e, segundo o mirandês Vítor Domingues, que trouxe à sua capa à cerimónia, esta era usada como protecção.
“A capa de honras era usada quase sempre, os agricultores e os pastores utilizavam tanto quando fazia frio como calor, era uma forma de protecção. Havia uma distinção da gente mais rica que é a Honra, a parte de trás da capa que os ricos usavam na sua capa”, explicou.
A cerimónia começou com um desfile até à concatedral de Miranda, onde aconteceu a eucaristia e a exaltação das capas.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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