A iniciativa decorreu entre sexta-feira a domingo, em Mirandela.
Há mais de 1200 alunos africanos no Instituto Politécnico de Bragança, sendo que em Mirandela, na Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo, esta comunidade está representada por quase 230 pessoas. E é por aqui que se voltou a repetir a Semana d'África, uma iniciativa promovida por estes alunos e que pretende, acima de tudo, homenagear a presença da cultura africana na região. Para quem deixou o continente, Mirandela tem-se revelado uma boa surpresa. "Sou uma pessoa que gosta de novos desafios e decidi arriscar. Custou muito deixar a zona de conforto mas aguentei e estou a gostar de cá estar.
No inicio foi um pouco complicado, ninguém nos conhece de lado nenhum e por isso ninguém nos vai dar confiança. Com o tempo fui conhecendo as pessoas e ganhei aqui grandes amigos. Amo Mirandela”, contou Euclides Júnior, de 20 anos, natural de Moçambique. “Foi complicado no início, tive que me adaptar. Aqui em Mirandela sentimo-nos em casa e somos muito bem acolhidos”, disse Aníbal Francisco, 25 anos, da Guiné Bissau. “É uma cidade muito acolhedora. Não vejo preconceito nenhum. As pessoas que vieram na minha altura foram muito bem recebidas. Não há nada negativo a apontar. É tudo positivo”, referiu Nilton Soares, de São Tomé Príncipe.
A iniciativa começou sexta-feira e contou com atividades desportivas e culturais, uma mini feira e uma palestra alusiva a África. Vanderlei Antunes, presidente da associação dos estudantes africanos em Mirandela, sublinha o convívio criado entre os alunos. “Já vamos na terceira edição aqui em Mirandela e como associação temos uma preocupação no aspecto de fomentar laços de amizade entre toda a comunidade africana do IPB. Sabemos que estamos longe de casa e é bom que existam este tipo de laços entre todos os alunos”.
Os alunos têm sido bem recebidos, contudo, segundo o presidente da associação, Mirandela tem pouca oferta em termos de alojamento. “Actualmente, a associação encontra-se com grandes dificuldades de alojamento, a cidade não foi preparada para receber tantos alunos. O nível de especulação imobiliária tem afectado muito. As outras dificuldades são o clima, a comida e a adaptação mas a comunidade tem recebido bem os alunos que vêm do exterior. Não há nenhum tipo de conflito ou desigualdade”.
Estes alunos africanos são provenientes da Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e, com uma representatividade de quase 900 alunos, de Cabo Verde.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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