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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 21 de setembro de 2019

Norte de Portugal e Galiza querem dieta atlântica Património Mundial da UNESCO

O lançamento formal da candidatura da dieta atlântica a Património Mundial da UNESCO será o ponto alto do I Melting Gastronomy Summit, a decorrer nos dias 14, 15 e 16 de novembro na Alfândega do Porto.
A informação foi hoje prestada à agência Lusa pelo presidente da Associação para a Promoção da Gastronomia e Vinhos (AGAVI), António Souza-Cardoso, que avançou também que este é "um projeto para ser concretizado em 2021, com uma intensidade de trabalhado muito grande no ano anterior para a sua instrução".

António Souza-Cardoso explicou que a ideia começou a ganhar corpo "há um ano e meio" no âmbito do projeto de cooperação transfronteiriça entre o Norte de Portugal e a Galiza designado InternovaMarket-Food, orientado para a competitividade empresarial e financiado por fundos europeus.

O projeto reúne cinco entidades galegas e quatro portuguesas, sendo uma destas a já referida AGAVI, e foi daí que surgiu a ideia da candidatura da dieta atlântica a Património Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

"O receituário galaico-duriense inspirou toda a gastronomia da região Norte e da própria Galiza", destacou António Souza-Cardoso, referindo que produtos como "o polvo, o marisco, o peixe, os caldos e as sopas ou os vinhos da casta Alvarinho são ex-líbris destas duas regiões" do Noroeste peninsular.

O dirigente associativo salienta que "é necessário preservar e mapear esse receituário comum" e isso passa pela qualificação de uma dieta de raiz atlântica, por contraponto com a dieta mediterrânica, que em 2013 foi classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

"Devemos acentuar que também temos uma janela atlântica que merece ser registada e diferenciada" a nível gastronómico, por ser "muito ancorada no mar, no consumo de peixe e de marisco" e que está no centro de "uma gastronomia riquíssima", considera o presidente da AGAVI.

António Souza-Cardoso ressalva que "tudo o que seja extraordinariamente influenciado pelo Atlântico faz parte deste projeto e Portugal inteiro deve abraçar esta causa" que vai ser a candidatura a Património da Humanidade.

A AGAVI pretende liderar esta candidatura enquanto parceira do projeto luso-galaico InternovaMarket-Food e acolherá no I Melting Gastronomy Summit a constituição da Confraria da Dieta Atlântica, comprometendo-se esta a instruir em 2020 o dossiê da referida candidatura.

Aquele dirigente vincou que quer Portugal "a capitanear a equipa que se vai apresentar à UNESCO com o projeto, considerando desde já que o mesmo "tem todos os requisitos para obter esse reconhecimento, tal como teve a dieta mediterrânica".

"Temos de ser nós os capitães de equipa desta cruzada que é transformar a dieta atlântica numa dieta de tendência e de futuro", reforçou, avançando ainda que "a candidatura será apresentada em 16 de novembro, que é o Dia Internacional do Mar".

"O outro projeto que temos é o de fazer um verdadeiro roteiro de restaurantes do mar" certificados com um selo de qualidade, denominado (A)Mar, reconhecendo que o peixe e o marisco que têm nas suas ementas provêm de "boas práticas de aprisionamento, amanho e confeção", informou António Souza-Cardoso.

O roteiro dos estabelecimentos com essa certificação abrangerá o Norte de Portugal e a Galiza, podendo vir a ser a ser alargado a todos o território nacional e aos países europeus banhados pelo Oceano Atlântico.

O Melting Gastronomy Summit ambiciona "transformar o Porto na capital mundial da gastronomia" durante três dias, promovendo um debate e uma reflexão alargados entre chefes de cozinha, nutricionistas, antropólogos, filósofos, críticos, influenciadores e vários outros agentes ligados ao setor agroalimentar.

O projeto luso-galaico InternovaMarket-Food inclui as entidades galegas Centro Tecnológico de Carne, Confederação de Empresários de Pontevedra (CEP), Confederação Empresarial de Ourense (CEO), Confederação de Empresários de Lugo e associação empresarial ANFACO-CECOPESCA e as portuguesas Associação Empresarial de Portugal (AEP), Instituto Politécnico de Bragança e Instituto Politécnico de Viana do Castelo, além da AGAVI.

AYM // JAP
Lusa/fim

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