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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A tinta, o cancro e a vespa das galhas do castanheiro

A Associação Portuguesa da Castanha (RefCast) candidatou hoje ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) um projeto de 1,1 milhões de euros que visa combater as principais doenças dos soutos.
A tinta, o cancro e a vespa das galhas do castanheiro “são precisamente os três grandes problemas que o souto, neste momento, enfrenta. Na minha opinião, a tinta é o pior de todos porque mata os castanheiros”, afirmou à agência Lusa José Gomes Laranjo, presidente da RefCast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A RefCast, com sede na UTAD, em Vila Real, é a promotora do projeto que envolve ainda produtores e associações do setor do Norte e Centro do país e que se propõe intervir “em 1.100 hectares de souto”.

A candidatura foi hoje submetida à medida 8.1.3 - Fatores Bióticos, apoiada através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020).

É um projeto, segundo o responsável, com grande “abrangência territorial” e que está “orçamentado em 1,1 milhões de euros”. Se a candidatura for aprovada, 85% do valor será comparticipado, cabendo o restante aos produtores.

O investigador elencou grandes preocupações com a doença da tinta, que é causada por um fungo que ataca as raízes e acaba por levar à morte da árvore.

Relativamente à vespa das galhas do castanheiro, José Gomes Laranjo afirmou que o “país soube estar à altura” e “no momento certo atacou o problema de uma forma bem organizada”.

“Estamos num momento de esperar pelos resultados da luta biológica. Tirando situações pontuais, não se sentiu ainda verdadeiramente a quebra de produção por causa da vespa”, referiu.

A luta biológica consiste na largada dos parasitóides 'Torymus sinensis', insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa. Este ano, segundo o investigador, foram efetuadas na ordem das 1.100 largadas em todo o país.

Por sua vez, o cancro é uma doença que ataca a parte aérea da árvore de forma muito rápida. “O cancro raramente provoca a morte do castanheiro, mas provoca lesões graves na estrutura do castanheiro e que afetam a produção”, explicou.

Para a implementação do projeto está, segundo José Gomes Laranjo, a ser “desenhada uma rede de colaboração”.

Entre as medidas propostas, o responsável destacou o tratamento das árvores afetadas pela tinta, bem como a substituição daquelas que morreram por castanheiros híbridos resistentes à doença e o tratamento químico.

São ainda propostos o tratamento biológico contra a doença do cancro, a correção da fertilidade dos soutos e novas largadas para combater a vespa das galhas dos castanheiros.

O investigador disse que o projeto será implementado em quatro anos e, a concretizar-se, ajudará “a revigorar o setor” e a “aumentar a produção”.

De acordo com José Gomes Laranjo, foi alocada uma verba de “dois milhões de euros” à medida dirigida ao setor do castanheiro.

“Este montante é capaz de não chegar tal foi a motivação e a mobilização do setor na preparação de candidaturas. Esta é uma situação que gostaríamos de ver corrigida”, salientou.

in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa

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