Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
Esta casa lembra que comida transmontana “não é só alheira de Mirandela e castanha”
É mercearia e com muitos petiscos para provar. A Trazmontes traz ao Porto a memória de um Alto Douro tradicional. E aqui, garante-se, “não há matéria-prima de supermercado”.
|
Trazmontes NELSON GARRIDO |
Passamos pela Rua do Bonjardim, a um minuto de distância da estação de metro da Trindade, no Porto, e no meio da correria quase nem damos pela nova inquilina. Mas ela está ali, e num dia descontraído somos capazes de reparar nela. Pensamos, se calhar, na Casa Soleiro, cujo sapato gigante pendurado por cima das portas 104 e 106 da Rua Chã, na Sé, chama a atenção para o negócio de solas e cabedais. Neste caso, somos recebidos por Transmontina, o espantalho que veio do Alto Douro para o Porto e se instalou à porta da casa que quer dar a conhecer alguns dos melhores petiscos tradicionais feitos em Trás-os-Montes.
Ângela Ramos e Anabela Guerreiro não são irmãs biológicas mas, garantem, é como se fossem. Ambas com 43 anos, conhecem-se desde o 7.º ano da escola básica e licenciaram-se juntas no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), no mesmo distrito onde abriram uma agência de contabilidade, em 2005. A Trazmontes, uma espécie de híbrido de mercearia e cafetaria com traços de restaurante, com um menu “composto por coisas que podem ser provadas na hora ou levadas para casa”, foi inaugurada pelas duas em Dezembro de 2019, com ajuda na gestão da casa por parte de Elza Alves – que trabalhou na agência de Ângela e Anabela até se mudar para o Porto, há pouco mais de um ano. A ideia passa por mostrar que comida transmontana “não é só alheira de Mirandela e castanha”.
Depois de tomarmos nota da variedade que marca as prateleiras no átrio de entrada, temos dificuldade em discordar. Mas antes de lançarmos um olhar sobre o menu, é o ambiente que nos prende. Se Anabela conta que “quem vem de Trás-os-Montes sente que está em casa”, não é só por causa dos pastéis de Chaves ou da alheira. E também não é só por causa das paredes de pedra, que sugerem um cenário tipicamente rural.
Sem comentários:
Enviar um comentário