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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Quando visitar Bragança?

 A melhor época do ano para visitar Bragança depende muito dos seus interesses.
Se pretende explorar o património histórico-cultural e deliciar-se com a gastronomia regional, qualquer estação do ano é perfeita.

Castelo de Bragança

Na gíria popular transmontana é comummente utilizada a expressão “nove meses de inverno e três de inferno” para caracterizar o clima das Terras Frias e dos planaltos transmontanos que imperam no distrito de Bragança. É verdade que a região tem fama (e proveito) de invernos frios prolongados e verões curtos e quentes.

Para degustar uma boa Posta Mirandesa, todas as estações são boas!

As temperaturas são mais amenas no final da primavera e início do outono, alturas do ano que aconselhamos para fazer caminhadas.

Na primavera, a chuva e o degelo enchem rios, ribeiros e riachos que correm selvagens. Somos brindados com os montes ondulantes pintados de tons florais dominados pela esteva, giesta, carqueja e urze. As amendoeiras em flor, entre março e abril, proporcionam um espetáculo raro revestindo o território dum manto branco. Um manto branco diferente do que podemos ver no inverno, quando a neve caída sobre a cidade a torna mais cintilante.

Na primavera, os cursos de água estão em todo o seu esplendor no concelho de Bragança.

O outono traz a frescura ansiada dos quentes dias de verão, que aqui podem ser inclementes. A paisagem reveste-se de tons quentes outonais apaixonantes: o restolho pinta os campos rurais de ouro, a terra lavrada faz uma paleta completa de tons avermelhados, os amieiros traçam linhas amarelas ao longo dos cursos de água, laranjas, marrons e bordeaux dominam as vinhas e vestem carvalhos, a folhagem dourada das faias… Permeados pelos dois verdes intensos distintos dos castanheiros, em extensões de soutos a perder de vista: o verde escuro da folhagem e o verde claro dos ouriços das castanhas. Com a queda da folha, a natureza “tece” fofos tapetes de folhagem multicolorida, onde até apetece rebolar.

Trilho no outono? É no Parque Natural de Montesinho.

As temperaturas baixas não demovem os brigantinos de celebrar o ciclo da vida e da natureza, o principal mote das suas tradições e costumes mais identitários. Aliás, variadíssimas manifestações populares e culturais preenchem as Festas de Inverno (geralmente, de novembro a fevereiro/março) e são, provavelmente, as mais desconhecidas da maioria dos portugueses, mas vividas mais intensamente pelas gentes da terra.

Se apanhar os Caretos, o melhor mesmo é colocar logo uma moedinha na maçã… Senão, vai “sofrer” muitas travessuras.

Anote estas datas na sua agenda se quiser visitar Bragança num dos seus eventos mais marcantes.

Festas de Bragança (agosto): A época alta para visitar Bragança é no verão, quando os dias são longos e a agenda de eventos está preenchida de festas e atividades. O destaque vai obviamente para as Festas de Bragança, dedicadas à padroeira, Nossa Senhora das Graças, culminando no feriado municipal de 22 de agosto.

De 25 de Dezembro ao Dia de Reis: Desde o dia de Santo Estevão ao Dia de Reis não há parança nas aldeias de Bragança, quando acontecem as Festas dos Rapazes. Afinal, os Caretos não saem à rua só no Carnaval. Cada aldeia tem as suas tradições ancestrais para celebrar o solstício de inverno, cuja origem já se perdeu na memória, mas cruzam os ritos solsticiais Celtas, costumes Zoelas, juvenálias e calendas romanas.

Caretos motards abrilhantam este roteiro para visitar Bragança.

Queima do Diabo (Carnaval): O Entrudo é sempre uma excelente altura do ano para visitar Bragança e arredores. No sábado antes do dia de Carnaval, as ruas da cidade enchem-se de Caretos vindos das aldeias vizinhas, e até de Léon e de Zamora. Envergando os seus trajes tradicionais e revivendo costumes antigos, correm, saltam, chocalham e brincam pelas ruas acima, até ao Castelo de Bragança onde o dia culmina com a Queima do Diabo. Nos dias seguintes, até à Quarta-Feira de Cinzas, é ir vê-los às respetivas aldeias.

Brama do Veado (setembro e outubro): Ok, não é uma festa! Mas é uma experiência e os amantes da natureza sabem o espetáculo singular que é a Brama dos Veados (chamada de acasalamento). Com alguma sorte, é possível ouvir uma dezena de machos da população de veado vermelho do Parque Natural do Montesinho bramir, alto e bom som, para atrair as fêmeas.

Brama dos Veados, sugestão de outono num roteiro para visitar Bragança.

Novembro: Com o findar das colheitas, as atenções viram-se para inúmeros mercados e feiras, as festas e magustos em que a castanha é rainha (produto fundamental em Trás-os-Montes) e as rotas micológicas (para quem queira aprender mais sobre cogumelos silvestres).

Anabela e Alexandre

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